Do G1, em São Paulo
Os trabalhadores da Petrobras e suas subsidiárias anunciaram que entraram em greve na noite desta quarta-feira (16), de acordo com informação divulgada pela Federação Única dos Petroleiros (FUP) às 23h40.
Eles pedem a suspensão do leilão de Libra, o primeiro do pré-sal sob o regime de partilha, marcado para 21 de outubro, segundo a FUP.
A greve, aprovada por tempo indeterminado, quer impedir que os campos sejam gerenciados por empresas privadas.
“Os petroleiros exigem a suspensão imediata do leilão de Libra, a maior e mais importante descoberta de petróleo dos últimos anos, que o governo pretende ofertar às empresas privadas no próximo dia 21”, diz a nota.
A paralisação ocorre em diferentes horários nas diversas estações de trabalho.
Nas de Candeias, São Francisco do Conde, São Sebastião do Passe, Socorro, Marapé e Dom João, a greve teve início às 20h de terça.
Nas refinarias de Duque de Caxias (Reduc), Manaus (Reman), Paulínia (Replan) e Mauá (Recap), os trabalhadores pararam às 23 horas e 23h30, na rendição de turno.
O mesmo aconteceu nos terminais de Cabiúnas (Norte Fluminense), Campos Elíseos (Duque de Caxias), Guararema, São Caetano, Barueri e Guararema (São Paulo) e na Termorio (Duque de Caxias), segundo a FUP.
Em 39 plataformas da Bacia de Campos, a paralisação começou à 0h desta quinta-feira (17). Nas demais bases da FUP, a greve ocorrerá no início da manhã.
O leilão de Libra é o primeiro que vai conceder áreas para exploração de petróleo e gás natural na região do pré-sal sob o regime de partilha de produção. A expectativa é que a produção seja de 1 milhão de barris por dia da área de Libra, a maior reserva de petróleo já descoberta no país.
Pelas regras da partilha, vencerá o leilão o consórcio que apresentar a maior parcela do óleo de Libra destinada à União. A Petrobras será a operadora única e sócia de todos os campos, com no mínimo 30% de participação.
No aniversário de 60 anos da Petrobrás, no dia 03 de outubro, a categoria parou por 24 horas, em protesto contra o leilão.
Segundo a FUP, a greve vai ocorrer em refinarias, terminais de distribuição, plataformas de petróleo, campos terrestres de produção, usinas de biodiesel, termoelétricas e unidades administrativas da Petrobrás, Transpetro e demais subsidiárias.
A exceção será a Lubnor, no Ceará, em que haverá uma assembleia na manhã de quinta para decidir sobre a adesaão à greve.
Entre as reivinidcações está também a retirada da tramitação do projeto de lei que regulamenta atividades terceirizadas e a campanha salarial.
Procurada, a Petrobras não se pronunciou até a última atualização desta reportagem.