Milhares de passageiros da empresa Cidade Histórica, que opera em seis linhas da capital e região metropolitana, ficaram sem transporte ontem, porque a Superintendência Municipal de Transportes de Trânsito (SMTT) bloqueou a porta da empresa, que fica no Bairro Capucho, em Aracaju. Nenhum veículo pode sair, porque a Cidade Histórica não reativou os validadores que recebem o pagamento da tarifa por meio dos cartões, por isso houve a interdição por parte da SMTT. Seis ônibus foram apreendidos e levados para o pátio da SMTT porque estavam circulando.
As apreensões dos ônibus ocorreram ontem pela manhã. Segundo o tenente Silvan Nascimento, que atua na Diretoria de Transporte Público da SMTT, destes seis veículos apreendidos quatro faziam a linha para São Cristóvão, um para Nossa Senhora do Socorro e outro para o Santa Maria. No total, a empresa Cidade Histórica tem 20 ônibus que atendem as linhas São Cristóvão, Palestina, BR-101/Osvaldo Aranha, Augusto Franco/Hermes Fontes, Augusto Franco/Jardins e Augusto Franco/Centro.
Entre os ônibus apreendidos, um estava na porta da empresa, no Bairro Capucho, por volta das 9 horas e seguiu, escoltado, para a garagem da SMTT. De acordo com o tenente Silvan, o caso específico desse veículo foi o número de ordem errado. “O número sete indica que ele é da empresa Cidade Histórica, mas o nome escrito no veículo é São Pedro. Isso está errado”, explicou o tenente.
Os problemas com a empresa Cidade Histórica, que transporta mensalmente cerca de 100 mil passageiros, começaram na última segunda-feira, 07, quando os validadores foram desligados. A empresa foi oficiada pela SMTT que deveria ligar os aparelhos até o final da tarde da quarta-feira, 9, o que não aconteceu, por isso houve a interdição ontem pela manhã.
Outro problema detectado pela SMTT é que a empresa estava abastecendo os veículos em postos pela cidade, o que não é permitido. De acordo com o diretor de Trânsito da SMTT, coronel Péricles Menezes, os abastecimentos eram feitos com os passageiros dentro, atitude extremamente perigosa. O correto, disse o coronel Péricles, é que a empresa tenha abastecimento próprio.
Passageiros
Com a Cidade Histórica fora de circulação, os passageiros recorreram ao táxi-lotação e aos ônibus de uma cooperativa. O corretor de seguros José Vânio de Oliveira, que reside em São Cristóvão mas trabalha em Aracaju, disse que o ônibus não lhe fez muita falta, porque diariamente utiliza o lotação. Mas acredita que muitas pessoas estão sendo prejudicadas.
Uma delas é a diarista Marinede de Souza Soares, que reside na Palestina mas trabalha em uma residência que fica no Bairro Atalaia. “Vim para ponto cedo e não vi passar. Então tomei o lotação para chegar ao serviço. Já liguei para a patroa para dizer que ia me atrasar”, afirmou.
Por enquanto, a SMTT está definindo que empresas irão ocupar as linhas sob responsabilidade da Cidade Histórica. Os motoristas da empresa evitam falar sobre o problema. Ontem, na porta da garagem, ninguém quis se pronunciar.
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por Antonio Carlos Garcia do Jornal da Cidade Net