Redação Portal A8SE
Os pacientes que recorrem a Clínica de Saúde da Família, Maria José Soares Figueiroa, no Conjunto Eduardo Gomes, em São Cristóvão, reclamam da quantidade de senhas distribuídas para atendimento médico. Muitas pessoas estão chagando de madrugada nas filas para conseguir agendar consultas e exames.
De acordo com os pacientes, apenas 15 fichas são distribuídas. Número insuficiente para as pessoas que aguardam na fila por atendimento. “A demora aqui é grande. A gente chega na madrugada para marcar uma consulta e não consegue. Por mais cedo que a gente chega não adianta. Tenho um exame de hemograma e uma ultrassonografia para marcar e ainda não consegui”, reclama Nilton Carlos.
Funcionárias da unidade começam a distribuir senhas para atendimento às 7h. Para as dezenas de pessoas que aguardam na fila o dia começa bem mais cedo. Tem gente que chega às 3h da manhã para conseguir uma senha.
“A gente chega de madrugada, arriscando a vida. Tem idosos, mulher com criança, todo mundo esperando na fila do lado de fora, no relento. Se tiver uma chuva todo mundo se molha porque não abrem o portão para o povo esperar lá dentro. No Siqueira Campos, no Augusto Franco a clínica abre às 6h, aqui é só às 7h. Deveria abrir mais cedo”, critica, a autônoma, Rita de Cássia.
A mãe, Carolina, tem um bebê especial de cinco meses. Ela diz que quase todos os dias tenta uma senha para realizar exames para criança, mas até agora, não foi atendida. “Eu acho um absurdo ter que chegar aqui 3h da manhã com uma criança de colo especial para pegar uma senha. Eu não tenho com quem deixar porque meu esposo trabalha na madrugada e ele não tem como vir aqui pegar uma ficha. É a maior dificuldade para marcar esse exame porque o caderno sempre está cheio. Meu filho tem cinco meses, precisa fazer exames porque ele é especial, e eu ainda não consegui fazer nada”, lamenta.
A diretora da unidade de saúde, Augusta Maria Guimarães, responde as reclamações dos pacientes e diz que faz o que é possível. “Eu não entendo que as senhas sejam poucas. Cada médico, de cada especialidade, atende 15 pessoas. Em todos os locais é assim, não é só aqui. Tem lugares que oferecem até menos que 15 senhas. Aqui, a gente tem médico todo dia. As pessoas têm que compreender que os médicos atrasam, os profissionais não têm só esse posto para atender, eles vêm de outros lugares, vêm de outros hospitais. As pessoas precisam ter paciência”, diz.