Durante sessão na Câmara Municipal de Rosário do Catete nesta segunda-feira, 08, os vereadores do bloco independente se posicionaram contra um projeto de suplementação que o Executivo enviou para apreciação, solicitando abertura de crédito suplementar no valor de R$ 10.048.100,00. A verba seria voltada à contratação de serviços de Pessoa Jurídica, mas o projeto não justifica quais são os serviços. Além disso, os recursos chegam a 12,77% das despesas fixadas para o ano de 2017, e prejudicam programas sociais e obras importantes para a população, como o Bolsa PIS e algumas reformas. Para os vereadores do bloco independente e da oposição, não é coerente, portanto, aprová-lo. “Seria um desrespeito com a coisa pública e com a população”, argumenta o líder do bloco independente, vereador Wagner Quintela (PSB).
O parlamentar defendeu que o projeto deveria ser rejeitado. “Chega um projeto nesta Casa que não diz o que vai fazer com a suplementação. Simplesmente pedem mais de R$ 10 milhões e dizem que é para contrato de serviço de Pessoa Jurídica. Essa Câmara não tem condição alguma de dar um cheque em branco. Tem mais de 100 dias de governo e o prefeito não mostrou para que veio. Se ele estivesse trabalhando, transformando nossa cidade, mudando o jeito de governar, não era problema dar uma oportunidade. Mas assim não é possível. Até porque em 100 dias dá para trabalhar muito. Existem prefeitos por aí que estão mostrando serviço. É como uma escola: às vezes o aluno é bom mas dá um vacilo, então o professor dá meio ponto. Mas se o aluno é péssimo, tem que reprovar mesmo. Assim que deve ser com a coisa pública. Nosso trabalho aqui é fiscalizar”, destacou Wagner.
O vereador Leonardo Santos (Lió de Núbia) lamentou que o bloco independente e a oposição estão sendo acusados de “travar” a Administração, mas tal acusação não reflete a realidade. “O Executivo quer tirar recurso do Bolsa PIS para uma suplementação e não explica por quê. Vamos explicar à população que não é justo aprovar. O prefeito não mostrou trabalho. Até o momento, quem está sofrendo é o povo”, frisou. Wagner Quintela concordou com o colega. “Essa Câmara tem mostrado que não travamos nada. O Poder Executivo já encaminhou três projetos. O primeiro pedia 40% de suplementação e, pior do que este recente, não dizia nada. Já o segundo, sobre o piso do magistério, foi aprovado – afinal, estamos trabalhando em prol de nosso povo. E este terceiro retira dinheiro do PIS, da reforma do campo, da reforma do balneário e de outras obras importantes para colocar em serviços de Pessoa Jurídica sem explicar do que se trata exatamente. Antes de ter crédito para alguma coisa, tem que trabalhar”, acrescentou.
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T.Dantas Comunicação e Marketing