Por Redação, UOL
O Vírus do Papiloma Humano, mais conhecido como HPV, é uma doença sexualmente transmissível (DST) –– e tem chamado atenção pelos seus números. De acordo com informações da Organização Mundial de Saúde (OMS), é o principal fator de risco para o câncer do colo do útero e a DST mais frequente. “Um simples atrito com uma mucosa infectada de mão, boca ou dos genitais é suficiente.
Transmissão: 8 em cada 10 mulheres são infectadas
Estudos no mundo todo demonstram que de 50 a 80% das mulheres sexualmente ativas são infectadas por pelo menos um tipo de HPV ao longo da vida. O Ministério da Saúde registra 137 mil casos novos de infecção por HPV no Brasil a cada ano, e as maiores vítimas são mulheres jovens, entre 15 e 25 anos.
Sintomas do HPV
“Os sintomas variam desde quadros assintomáticos (completamente imperceptíveis), verrugas genitais de tamanhos variados, corrimentos vaginais, sensação de prurido e ardor na região genital, até lesões no colo do útero e/ou vagina só detectadas através de um exame ginecológico mais detalhado”, esclarece a médica.
Tratamento
Segundo a especialista, o tratamento do HPV é definido de acordo com o caso. “Fatores como a idade da paciente, se é gestante ou não, o local e o número de lesões. Basicamente, consiste na retirada ou destruição do tecido doente através de cremes, cauterizações e, em casos mais graves, microcirurgias.”
Prevenção
O melhor mesmo é sempre prevenir. O uso de preservativos durante todo o ato sexual é fundamental. Também é recomendado evitar a troca constante de parceiros sexuais. “Se for o caso de o casal optar por abolir o uso de preservativos, que se tenha uma relação de confiança entre os parceiros, que sejam únicos e exclusivos um para o outro”, alerta a médica. Além disso, alimentação rica e balanceada, hábitos saudáveis como não fumar e combater o stress ajudam na resistência contra o vírus.
Atualmente existem duas vacinas contra o HPV aprovadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) e disponíveis no Brasil. “Elas são seguras e aumentam a quantidade de anticorpos em 10 a 1000 vezes mais do que os gerados pela infecção natural. É indicada para meninas de 9 a mulheres de 26 anos, sendo ideal que se administre precocemente, até mesmo antes do início da exposição potencial ao HPV através da atividade sexual”, conclui a profissional.