O governador Jackson Barreto, em audiência com representantes do Grupo GenPower, da Golar e do Fundo de Investimentos Stonepeak Infrastructure Partners, investidores da Usina Termoelétrica (UTE) Porto de Sergipe, recebeu a informação que as obras do empreendimento estão previstas para iniciarem entre julho e agosto deste ano. A unidade gerará energia a partir do gás natural. Com a implantação da usina serão criados cerca de 1.700 empregos e produzidos 1,5 gigawatts (GW), metade da energia gerada pela hidroelétrica de Xingó, só nesta primeira fase, a partir de um investimento de $ 1,3 bilhões (mais de R$ 4,67 bilhões na cotação do dia). A previsão é que as obras durem 36 meses e que, em 2019, a Usina Porto de Sergipe já esteja pronta, sendo que, entrará em plena operação em janeiro de 2020, como previsto no projeto inicial.
Jackson comparou a implantação do projeto ao marco histórico do petróleo em Sergipe em 1963, com a descoberta do campo de Carmópolis. “Podemos ter, em Sergipe, a maior termoelétrica do país. Em um momento em que o preço do petróleo está elevado e sabemos que o gás é menos poluente, um investimento que dialoga com a modernidade e com o meio ambiente. Projetaremos Sergipe para o futuro. Esse empreendimento tem potencial para atrair novas empresas, a implementação desse projeto resultará em uma grande cadeia de vários outros investimentos que virão para o estado e na geração de mais empregos. Estamos preparando Sergipe para o futuro”, resumiu o governador.
O grupo responsável pelo empreendimento veio a Sergipe apresentar aos novos investidores da UTE Porto de Sergipe, o fundo de investimentos norte-americano Stonepeak Infrastructure Partners, a locação, sítio, onde o projeto será implantado no estado. “Os investidores americanos vieram verificar in loco o andamento do projeto. Fomos bastante afirmativos e mostramos que o Estado não tem apenas o interesse, mas que está participando, pois precisamos criar expectativa para o futuro e gerar emprego para as novas gerações. Estamos preparando Sergipe para um salto de qualidade do ponto de vista do seu desenvolvimento”, disse o governador.
Os investidores reforçaram a possibilidade de ampliação do projeto. “Entre julho e agosto, vem aquela primeira fase, que é a fase da terraplanagem. O terreno é bem preparado, mas ainda tem algumas coisa para fazer, os estudos de sondagem e acreditamos que isso leve de dois a três meses, a ideia é que a partir de setembro e outubro já comecem efetivamente as obras da termoelétrica. Esse projeto foi desenvolvido primeiramente com o projeto Porto de Sergipe, que é de 1,5 gigawatts (GW), mas com a ampliação ele vai até 2, 9 GW. A nossa ideia é que, entre 2017 e 2018, possamos colocar também os outros dois projetos, o Laranjeira I e Governador Marcelo Déda. No final esse projeto será implementado com 2, 9 a 3 GW de energia, colocando a termoelétrica de Sergipe como a 7ª maior do mundo”, afirmou o presidente da GenPower, Marcos Grecco.
Segundo Grecco, o projeto vislumbra alternativas de energia visando a segurança energética para futuros mercados. “Vivemos dois momentos, um favorável, que é o do mercado da disponibilidade do gás, o LNG [Liquefied Natural Gás/Gás Natural Liquefeito], que é um commodity que hoje, no mundo, tem uma oferta muito grande, enquanto que a demanda é mais baixa. Agora, também há um momento um pouco delicado no mercado de energia, mas que é passageiro, devido a situação que o país enfrenta. A ideia é que no próximo, ou nos próximos anos, a gente tenha de novo as demandas de energia através dos leilões, que pretendemos participar com os outros dois projetos, ampliando o projeto Porto de Sergipe”.
O grupo de investidores ressaltou também que daqui para frente começarão os investimentos de grande escala e que a unidade de Sergipe viabilizará o desenvolvimento de uma cadeia, que vai além da termoelétrica. “Nosso investimento não é só focado nesse empreendimento, mas em transformar Sergipe em uma cadeia de gás. Sergipe é um estado com vocação de energia muito grande, e esse projeto vai atrair outros empreendimentos, oferecer confiança pela segurança energética que o estado terá”, afirmou o executivo do grupo GenPower, Elizeu Campos, que informou ainda que em 5 de maio o empreendimento recebeu a primeira fiscalização da Agência Nacional de Energia Elétrica – Aneel, que parabenizou o grupo por estar com todos os itens do projeto regulares.
Consórcio
O Consórcio vencedor do projeto da Usina Termoelétrica Porto de Sergipe é composto originalmente pelas empresas Golar LNG – GenPower e EBrasil. Junta-se agora ao empreendimento a Stonepeak.
Para Luke Taylor, do Fundo Stonepeak, a reunião com o governador foi satisfatória e trouxe o conforto necessário para seguir com o investimento no projeto.
Presenças
Estiveram presentes na reunião o vice-governador e secretário de Estado da Casa Civil, Belivaldo Chagas; os secretários de Estado de Governo, Benedito Figueiredo, da Comunicação, Sales Neto, do Desenvolvimento Econômico e da Ciência e Tecnologia, Francisco Dantas; os assessores do Governo, Oliveira Júnior, Ricardo Lacerda e Carlos Cauê; o superintendente executivo da Secretaria do Desenvolvimento Econômico e da Ciência e Tecnologia (Sedetec), Carlos Augusto Franco; o diretor-presidente da Companhia de Desenvolvimento Econômico de Sergipe (Codise), Vinícius Mazza; o diretor técnico da Emgetis, Chico Varella e os representantes das empresas administradoras do consórcio da Porto de Sergipe, GenPower, Carlos Moura e Maurício Carvalho, Grupo Golar, Eduardo Antonello e Eduardo Maranhão e Stonepeak, George Watts, James Wyper e Petros Lekkakis.
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Matéria extraída do Portal Agência Sergipe de Noticias.