Em visita realizada na manhã desta terça-feira, 15, ao Complexo Penitenciário Manuel Carvalho Neto (Compecam), por conta de uma denúncia de que os agentes penitenciários que trabalham no Complexo estariam cortando o fornecimento de água para os 2400 detentos custodiados naquele presídio, a presidente da Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Sergipe, Rosenice Machado e membro da Coordenadoria de Atividades Policiais e Políticas Penitenciárias, Erick Furtado Nunes estiveram reunidos com a direção.
Segundo Alexandre Iglesias (diretor) e Adairton (vice-diretor) não existe corte de água em razão da greve dos agentes penitenciários e que de fato aconteceu é um problema já recorrente na bomba de água do presídio. Alexandre garantiu que o problema já foi solucionado e que o fornecimento voltou de forma racionada como já vinha ocorrendo.
Na ocasião a presidente da CDH ressaltou o problema da superlotação do Copecam, já que o presídio tem capacidade apenas para 800 e abriga hoje 2400 presos. Rosenice e Érick conversaram com os agentes penitenciários, Nilson Aragão e Jobson Oliveira que informaram que 100% do efetivo estão trabalhando, inclusive com reforço, mas que suspenderam o banho de sol por conta de uma carta apreendida com os detentos que planejam uma rebelião para reivindicar melhores condições do presídio.
“Eu saí muito preocupada porque o Sindicato ainda permanece em greve e há uma noticia de uma rebelião, sendo que nesta segunda-feira já ocorreu uma rebelião com morte na penitenciária de Tobias Barreto e devido superpopulação carcerária daqui do Copecam caso ocorra uma rebelião vai ser uma grande tragédia”, ressaltou Rosencie.
De acordo com Erick a combinação de um baixo efetivo operacional para a manutenção dos presos, e uma superpopulação carcerária e a supressão de direitos dos detentos é uma combinação que pode resultar numa situação catastrófica.
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Da Ascom/OAB/SE