Moderno, com capacidade inicial para atender mais de 12 mil pescadores de 27 colônias sergipanas e investimento total de R$ 14 milhões, o Terminal Pesqueiro Público de Aracaju está sendo construído para suprir uma antiga demanda da categoria.
Segundo o Governo do Estado, o local vai ser centro de comercialização de peixes e frutos do mar, oferecerá alimentos conservados em espaço limpo e refrigerado, e facilitará o acesso de consumidores. A previsão do término da obra é dezembro deste ano.
“O terminal é um avanço e uma conquista para os pescadores e colônias que correram atrás desse local. Imagino que vai ser melhor em termos de organização, o acesso para ancoragem da embarcação vai ser facilitado, e que nós e os consumidores teremos acesso direto ao pescado. Vai dar gosto trabalhar em um lugar assim, limpo e organizado, e que trará benefícios enormes para a população”, enfatizou Rosa Clélia Lima, conselheira fiscal da Colônia de Pescadores Z1.
Com área total de 1.256 m², o Terminal Pesqueiro Público de Aracaju é erguido na avenida Otoniel Dórea, em frente ao Mercado Antônio Franco, e conta com recursos provenientes do Governo Federal.
De acordo com o diretor técnico da Companhia Estadual de Habitação e Obras Públicas (Cehop), Howard Lima, os pescadores terão acesso à cais de atracação com 632 m², além de áreas para recepção, seleção, beneficiamento e comercialização dos produtos, espaço para armazenamento de gelo e câmaras frigoríficas.
“É um projeto moderno, que tem toda estrutura para receber pescado e frutos do mar, e ampliar a produção. É um ganho muito grande para o estado, porque os produtos dali serão comercializados em todo Sergipe. Estávamos precisando de um local como esse, pois o alimento era manuseado de forma artesanal, sem higiene alguma, e agora a qualidade vai melhorar”, comentou Howard.
O secretário de Estado da Agricultura, Esmeraldo Leal, explica que além do benefício econômico, o terminal também será um ponto turístico, por estar em uma área de referência na capital. “Vai passar a ser um dos prédios mais bonitos do Centro, ficando dentro de uma paisagem urbana e valorizando ainda mais nossa cidade. Além, disso, o lugar também tem um peso extraordinário por ser o único ponto no estado que vai receber pescados com todas as condições higiênicas e sanitárias exigidas pelo Ministério da Agricultura”.
A concentração da produção de pescado no Terminal Pesqueiro vai proporcionar ainda, segundo Esmeraldo, o controle da quantidade produzida em Sergipe. “Teremos condições de organizar melhor a produção de peixe do estado, que é muito grande, e conseguiremos transformar isso em números para mostrar a força da piscicultura no estado”, concluiu o secretário.
Do ponto de vista econômico, o assessor do governo, Ricardo Lacerda, acredita que o terminal proporcionará aumento de renda para os pescadores, viabilizando a redução do papel dos intermediários na comercialização, e aumentando a parcela da renda da atividade.
O pescador Sérgio Ricardo Ramos, que está no ramo há 15 anos, confirma essa questão, alegando que terá melhores condições de negociação após a inauguração do centro de pesca. “Vai ajudar muito, pois hoje em dia pegamos o pescado e entregamos no mercado. Com isso, quem determina os preços são os cambistas e nós saímos perdendo. Com o centro de pesca, a ideia é que o próprio entreposto determine os valores”, comentou.
O centro de produção e comercialização de pescados será composto por sala de higienização de equipamentos, depósito, recepção e controle; espaço administrativo com lobby, lanchonete, cozinha, sala de reunião, salas administrativas, sanitários e sala de aula; câmara de espera; depósito de resíduos; casa de máquinas; estação de tratamento de esgoto; reservatórios; e tanque de reservação de óleo combustível com estrutura em concreto armado.
O espaço interno contará com sala de higienização, vestiários e sanitários para funcionários e tripulação, além de rampas e elevador de acesso. Todo o projeto foi pensado para proporcionar mobilidade para pessoas com deficiência.
O secretário de Estado da Infraestrutura, Valmor Barbosa, acredita que o Terminal será um marco para cultura da pesca no estado. “Os mais de 12 mil profissionais da Grande Aracaju e região Sul do Estado desenvolverão suas atividades com melhorias na estrutura, serviços profissionalizados e aprimoramento na qualidade dos produtos oferecidos, o que resultará não apenas na redução de custos, mas, principalmente no amplio das vendas dos peixes e pescados para grandes varejistas dentro e até fora de Sergipe”, avaliou.
*Com informações da ASN
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Fonte: Portal G1 SE.