Bruno Siffredi, de O Estado de S.Paulo
O candidato do PT, Fernando Haddad, que venceu neste domingo, 28, a disputa pela Prefeitura de São Paulo, elegeu a redução da desigualdade social como o principal desafio de sua futura gestão. O petista, que fez seu primeiro discurso como prefeito eleito da capital paulista, pediu aos paulistanos união “em torno de um projeto coletivo” para a cidade.
“Ser prefeito pela força da mudança significa não ter tempo a perder”, afirmou o petista. Para Haddad, a capital paulista precisa “voltar a ser farol e antena” do resto do País. “Mas São Paulo tem que ser, antes de tudo, uma cidade lar, onde toda família possa realizar seu sonho de ser feliz.”
Haddad elegeu a redução da desigualdade social como o principal desafio de sua gestão à frente da capital paulista. Ele prometeu “derrubar o muro da vergonha que separa a cidade rica da cidade pobre”. São Paulo é “uma cidade rica, e ao mesmo tempo uma das mais desiguais do planeta”, disse.
O prefeito eleito da capital paulista disse que a sua São Paulo deve ser uma cidade “capaz de reconstruir”. Ele acusou a gestão anterior de abandonar a cidade e não reconhecer as suas potencialidades em áreas como cultura, indústria e comércio. “Intelectualidade (de São Paulo) nunca perdeu a capacidade de pensar.”
“O fracasso de São Paulo” seria o fracasso do modelo de cidade, afirmou o petista. “O Brasil moderno nasceu aqui, e o surpreendente Brasil do novo milênio também nascerá aqui.”
Virada. A vitória de Haddad em São Paulo foi definida por volta das 19h deste domingo, 28, quando 92% das seções da capital paulista já haviam sido apuradas. Ele aparecia com 56,03% dos votos válidos, contra 43,97% do tucano José Serra.
O novo prefeito de São Paulo iniciou a corrida eleitoral na capital do Estado praticamente desconhecido do eleitorado paulistano. O petista acertou a estratégia e conseguiu superar um início lento nas pesquisas, que o colocavam em quarto lugar na disputa antes do início da propaganda eleitoral.
O primeiro passo político do prefeito eleito deve ser articular, a partir deste domingo, 28, uma aproximação com a base kassabista na Câmara Municipal. Coordenadores da campanha petista calculam que Haddad precisa do apoio de pelo menos 30 vereadores para conseguir a presidência da Casa na eleição do dia 1.º de janeiro.
Trajetória. Com cinco livros publicados, mestrado em Economia e doutorado em Filosofia pela Universidade de São Paulo (USP), Fernando Haddad foi ministro da Educação nos governos de Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, entre julho de 2005 e janeiro de 2012.
A crise do mensalão foi o passaporte de Haddad para o comando do Ministério da Educação (MEC), em 29 de julho de 2005. Foi nesse dia que ele assumiu a cadeira de Tarso Genro, convocado às pressas por Lula para presidir o PT, que teve a cúpula dizimada.
Veja como foi a cobertura minuto a minuto:
20h17 – Termina o primeiro discurso de Fernando Haddad como prefeito eleito de São Paulo.
20h17 – “São Paulo tem que voltar a ser farol e antena”, diz o petista. “São Paulo tem que ser, antes de tudo, uma cidade lar, onde toda família possa realizar seu sonho de ser feliz.”
20h16 – “São Paulo é nossa”, ressalta Haddad. “É de todos os paulistanos.”
20h15 – “É hora de fazer nascer uma nova São Paulo”, diz Haddad, defendendo uma cidade “capaz de se reconstruir”. Ele diz que a “intelectualidade (de São Paulo) nunca perdeu a capacidade de pensar”, culpando as gestões da Prefeitura pelos problemas.
20h13 – “O fracasso de São Paulo” seria o fracasso do modelo de cidade, afirma o petista. “O Brasil moderno nasceu aqui, e o surpreendente Brasil do novo milênio também nascerá aqui.”
20h12 – Haddad elege a desigualdade social como o principal da capital paulista. Ele fala em “derrubar o muro da vergonha que separa a cidade rica da cidade pobre”. São Paulo é “uma cidade rica, e ao mesmo tempo uma das mais desiguais do planeta”, diz o petista.
20h11 – “Ser prefeito pela força da mudança significa não ter tempo a perder”, afirma o petista. Ele defende “unir a cidade em torno de um projeto coletivo, de todos os paulistanos, de todos os moradores de São Paulo”.
20h10 – Haddad agora agradece os opositores, pela “campanha limpa e democrática”.
20h09 – “Sintetizo meu agradecimento e minha homenagem na figura decisiva e equilibrada do coordenador da minha campanha, Antonio Donato.”
20h08 – “Quero agradecer os apoiadores que ampliaram nossa corrente no segundo turno”, diz Haddad, citando em seguida Gabriel Chalita e Michel Temer.
20h07 – “Agradeço a presidenta Dilma pela presença vigorosa na campanha”, afirma o petista. O coro do público retorna, agora homenageando Dilma.
20h06 – “Quero agradecer do fundo do coração o presidente Lula”, diz Haddad. “Viva o presidente Lula.” O público inicia um coro de “Ole, olá, Lula, Lula”.
20h06 – “O sentimento mais forte é de gratidão. Quero agradecer em primeiro lugar aos milhões de homens e mulheres que me confiaram o voto. Muito obrigado aos eleitores de São Paulo.”
20h05 – Começa o discurso de Haddad. “Boa noite a todos. Boa noite a todos os cidadãos paulistanos.”
20h04 – O deputado federal Paulo Maluf também está presente no palco, assim como a ministra Marta Suplicy.
20h03 – Fernando Haddad sobre ao palco ao lado de sua filha, Ana Carolina.