Rubro-Negro se propõe a defender, abre vantagem, mas cede à pressão. Na Argentina, times ficam iguais na estreia no Grupo 2 da Libertadores: 1 a 1
O estilo era conhecido. O torcedor rubro-negro com a memória em dia deve ter se lembrado da formação tática do Flamengo de 2007. Para aproveitar os avanços dos laterais Léo Moura e Juan, Joel Santana montava o meio-campo com quatro volantes. Cinco anos depois, o treinador repetiu a opção na Argentina. Desta vez, com Léo e Junior Cesar. Nesta quarta-feira, no estádio Ciudad de Lanús, conhecido como La Fortaleza, Joel construiu seu próprio muro e segurou o Lanús. Ou quase. O time dele poderia até ter vencido pelo que fez nos últimos dez minutos, mas falhou nas finalizações. Na estreia no Grupo 2 da Libertadores, o Rubro-Negro fechou a porta, saiu na frente, mas permitiu o empate: um justo 1 a 1. Léo Moura, destaque do time neste início de temporada, abriu o placar no fim da primeira etapa. No segundo tempo, Carranza, que acabara de entrar, empatou.
Com o resultado, as equipes ficam empatadas na segunda posição, com um ponto cada. O Emelec-EQU, que derrotou o Olimpia na sexta-feira passada, tem três e lidera. Os paraguaios estão na lanterna, ainda sem pontuar.
a segunda rodada, o Lanús visita o Olimpia, na próxima quinta-feira, no estádio Defensores del Chaco. O Flamengo joga no dia 8 de março, no Engenhão, contra o Emelec.
A partir desta quinta-feira, o Flamengo volta a pensar no Campeonato Carioca. No sábado, decide a vaga na semifinal da Taça Guanabara contra o Resende, em Volta Redonda, às 16h20m (de Brasília). Precisa vencer para não depender do resultado do Botafogo, que enfrenta o Macaé no mesmo horário.
Flamengo joga mal, mas acha o gol
Flamengo é Flamengo. Na véspera da partida, Joel Santana usou a frase de Ronaldinho para dizer aos jornalistas argentinos que o time dele jogaria contra o Lanús para vencer, mesmo fora de casa. Só que o Flamengo de Joel jogou com quatro volantes no meio-campo, não teve rumo e careceu de criatividade. Saída de bola? Não existiu. Sem Vagner Love, suspenso, o treinador tinha a opção de lançar Bottinelli no meio-campo, mas deixou o argentino no banco. Luiz Antonio, até então titular, foi barrado.
A formação com Airton, Maldonado, Willians e Renato teoricamente deveria permitir os avanços de Léo Moura e Junior Cesar pelas laterais, mas sempre que um deles partia ao ataque era um Deus-nos-acuda na defesa rubro-negra. Sem cobertura, ambos se viram travados pelo ataque veloz e consistente do Lanús, que rondava a área de Felipe com frequência. Simplesmente não havia ligação entre meio-campo e ataque. Os chutões de David Braz e Welinton não davam em nada, e Deivid e Ronaldinho foram peças nulas a maior parte do tempo no gramado de La Fortaleza..
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