Desempregado há um ano, o pedreiro Carlos Alberto Vieira, 42 nos, conseguiu ingressar no mercado de trabalho graças ao Núcleo de Apoio ao Trabalho de Sergipe (NAT). Ele conta que já estava angustiado com o desemprego, quando a sua esposa tomou conhecimento que o órgão do governo do Estado, vinculado à Secretaria de Estado da Mulher, Inclusão, Assistência Social, do Trabalho e dos Direitos Humanos, dispunha de um sistema que auxilia o ingresso no mercado de trabalho.
Carlos Alberto fez o seu cadastro para pessoa com deficiência física e foi encaminhado para duas empresas. A construtora que o absorveu foi a Celi e ele está há dois meses trabalhando. “Hoje estou empregado graças ao NAT que, através do seu sistema, facilitou o meu ingresso no mercado de trabalho. A recepção dos técnicos é muito eficiente, e todos estão empenhados para conseguir uma vaga para os desempregados”, afirmou.
Na opinião do pedreiro, o órgão tem compromisso com a função que exerce. “Estava desempregado há um ano e, num momento de crise com a atual, conseguir uma vaga para um deficiente, é o exemplo concreto de que o NAT está cumprindo o seu papel de apoiar o trabalhar”, elogiou.
Quem também está comemorando é o estudante Gidelson Lima de Almeida, 19 anos. É que através do Núcleo de Apoio ao Trabalho ele conseguiu o seu primeiro emprego como auxiliar de encaixotador. Estudante do terceiro ano do ensino médio, Gidelson pretende cursar educação física, mas também precisa trabalhar. Ele disse que o NAT facilitou a sua colocação no mercado e, a partir do primeiro emprego, acredita que várias possibilidades virão. “O NAT me inseriu no mercado de trabalho e só tenho a agradecer a maneira que me trataram e a eficiência com que o sistema funciona. Só tenho elogios para toda equipe”, enfatizou.
Assim como o pedreiro e o estudante, 479 trabalhadores sergipanos foram inseridos neste ano ao mercado de trabalho, por meio do Núcleo de Apoio ao Trabalho. De acordo com a coordenadora, Sandra Magna de Resende, o órgão é responsável pelas atividades do Sistema Nacional de Emprego em Sergipe (Sine), órgão vinculado ao Governo Federal, que tem como foco a geração de emprego e renda para os trabalhadores.
Para pleitear uma colocação no mercado de trabalho, ela disse que o empregado precisa se inscrever no Sistema Mais Emprego e aguardar o seu encaminhamento para uma vaga de acordo com o seu perfil. Sandra explicou que a filtragem do perfil do trabalhador para a vaga ofertada é feita pelo Sine e a equipe do NAT faz o encaminhamento. Neste ano, já foram ofertadas pelos empregadores 801 vagas, 1.416 trabalhadores foram encaminhados e 479 conseguiram a colocação no mercado.
Conforme Sandra Resende, o maior número de oferta de vagas é na área de vendas e serviços gerais, porém, segundo ela, há uma busca por profissionais mais qualificados e o banco de dados tem um número limitado desses empregados. Para mudar esse quadro, a coordenadora do NAT está formatando cursos profissionalizantes que deverão ocorrer ainda neste semestre.
Além dos cursos, o Nat vem trabalhando na preparação do trabalhador par o mercado de trabalho, promovendo palestras e orientações sobre como elaborar currículo; como se comportar num processo seletivo; desafios da pessoa com deficiência para o ingresso no mercado de trabalho e, também, busca conscientizar sobre seus direitos e comportamento perante o mercado. O NAT tem cinco unidades em Aracaju e oito no interior: Neópolis, Socorro, Estância, Simão Dias, Canindé do São Francisco, Itabaiana, Lagarto e Boquim.
Parceria
Sandra Resende disse ainda que o Núcleo está promovendo um trabalho de captação de vagas junto aos empresários, visitando as empresas e solicitando que encaminhem suas ofertas ao Sine. Além das visitas, o NAT vem ofertando espaços para os empresários promoverem os processos de seleção dos empregadores e promoção de cursos e capacitações.
Um dos casos é o de uma empresa do ramo de autopeças com sede em Natal, que abriu suas portas em março em Aracaju. A loja com filiais em Recife, João Pessoa e Campina Grande, selecionou seus futuros funcionários sergipanos usando a estrutura do Núcleo de Apoio ao Trabalho.
“Eficiência e gratidão é o que podemos dizer sobre o NAT de Sergipe”, desabafou a gerente do grupo em Sergipe, Gessiane Gomes. Ela disse que o processo de seleção dos funcionários foi feito no Núcleo e todos eles estavam cadastrados no sistema. “O NAT disponibilizou a sua estrutura e seus técnicos atuaram com eficiência e gentileza. Passamos três dias trabalhando nesse processo e observamos que faz parte da cultura da equipe. A palavra que temos a dizer é gratidão por tudo que fizeram por nós”, afirmou a gerente.
Esperança
Diariamente, os bancos do Núcleo de Apoio ao Trabalho são ocupados por trabalhadores na esperança de uma colocação no mercado. É o caso de Joana Carla Rodrigues Nascimento, desempregada há dois meses. Ela conta que trabalhava na área de limpeza, mas ainda não deu entrada no seguro desemprego por acreditar que conseguirá uma nova colocação sem precisar usar o benefício. “Vim atualizar meu cadastro, buscar uma recolocação. Acho o serviço do NAT muito bom e necessário para a sociedade e para o estado. Tenho pessoas da minha família que conseguiram emprego através daqui. Eles são muito atenciosos, tratam muito bem as pessoas que procuram o serviço. Só tem a ajudar a população”, afirmou.
Breno Fontes Borges dos Santos, desempregado há oito meses, também foi se cadastrar na busca de um emprego. “Não é a primeira vez que venho. Quando vejo no jornal as vagas, venho direto para cá, mas muitas vezes já não tem mais senha ou o sistema cai. A demanda é muito grande. São muitos desempregados para poucas vagas. Eu trabalhava na área administrativa, tenho alguns cursos no currículo. Estou procurando emprego e estudando para concurso. O serviço do NAT é muito bom, os funcionários são atenciosos”, acentuou Breno.
Há um ano desempregado, Gleidson dos Santos Dias não perde a esperança de conseguir uma recolocação na construção civil, área em que atua. “Estou buscando recolocação tanto na área da construção civil como também serviços gerais. Minha mulher também está desempregada. Está muito difícil arranjar emprego. Eu tenho vindo sempre, mas ainda não consegui emprego através do NAT. Eu espero que dessa vez eu consiga, que o NAT possa me ajudar e ajudar mais pessoas”, afirmou.
“É um grande desafio para nós do NAT, colocar um trabalhador no mercado. Estamos trabalhando em todas as frentes para conseguir incluir nossos trabalhadores em uma vaga de emprego. É gratificante quando conseguimos essa inclusão”, finalizou a coordenadora do Núcleo, Sandra Resende.
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Agência Sergipe de Notícias