Na porta do Complexo Penitenciário Manoel Carvalho Neto (Copemcan), em São Cristóvão, as mulheres dos presos estão revoltadas. Elas denunciam que foram impedidas de entrar no presídio para visitar os maridos na manhã deste sábado (31). O problema se atribui a paralisação dos agentes penitenciários deflagrada a zero hora de hoje. Muitas dessas mulheres dormiram na porta do presídio e afirmam que só foram comunicadas hoje durante a manhã deste sábado que não haveria visita íntima. De acordo com informações, por volta das 10h deste sábado, as mulheres dos presos atearam fogo na porta do presídio.
“Não tem e não querem dar satisfação. Aí o marido da gente pode ficar sofrendo? Eles só tem salário porque nosso marido está preso. E só avisam que a gente não pode entrar, em cima da hora”, diz Janaína Oliveira, esposa de um dos presos.
Esta é a segunda greve deflagrada pelos agentes penitenciários este ano. A categoria reivindica melhores condições de trabalho, isonomia salarial e estruturação do plano de carreira.
“Estamos realizando essa paralização porque não obtivemos uma resposta plausível por parte da comissão de negociação da Seplag. Pedimos melhores condições de trabalho, o que significa melhores armamentos, coletes e munições, além da discussão e estruturação de um plano de carreira digno para categoria”, disse o presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários de Sergipe (Sindpen-se), Edilson Souza.
Caso até este domingo (1º de junho), dia que se finda os 45 dias do prazo negociado entre as partes, o Governo não apresente uma resposta satisfatória a categoria, “será deflagrada greve geral. No mais tardar até a Próxima terça-feira, dia 3”, destacou Edilson.
Com informações do A8SE