O Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas (MLB) ocupou, neste sábado (9), unidades da rede de supermercados Carrefour em diversos estados do Brasil. A ação faz parte da mobilização “Natal sem fome” do movimento, que busca evidenciar a falta de comida para as famílias mais pobres durante este período do ano.
“Nesta época do ano, é comum assistirmos pela TV cenas de mesa farta e presentes nas reuniões familiares. Mas a verdade é que grande parte das famílias brasileiras passará o Natal com fome ou sem a certeza de um prato de comida em todas as refeições”, denunciou o MLB.
Em Aracaju, o MBL agitou um supermercado na avenida Tancredo Neves, quando participantes solicitaram cestas básicas como forma de protesto. Vídeos do evento circularam amplamente nas redes sociais, destacando a ação do movimento.
Houve registros de mobilização em São Paulo, Natal, Belém, Fortaleza, Belo Horizonte, Salvador e Rio de Janeiro. A estratégia do movimento ao ocupar a rede de supermercados é para denunciar o desperdício de alimentos nestes estabelecimentos e os crimes de racismo e homofobia registrados nestas unidades nos últimos anos.
“Estamos aqui reivindicando cestas básicas para as famílias que nesse natal não terão o que comer e também denunciando não apenas essa rede, mas tantas outras que lucram em cima da miséria do povo!”, escreveu o MLB em uma das postagens nas redes sociais.
Em nota, o Carrefour afirmou que foi “surpreendido” este ano pela manifestação do movimento porque não foi procurado pelas lideranças do MLB para uma negociação. Disse que tem mantido diálogo aberto com as lideranças do MLB, com quem “tem contribuído anualmente, toda vez que as respectivas lideranças” procuraram a administração do grupo.
A empresa também afirmou que “o combate à fome e à desigualdade é um dos pilares prioritários do Grupo, compromisso mantido com inúmeros parceiros que têm dialogado com a empresa de forma permanente, em todas as regiões do País. Somente este ano doamos mais de 3.600 toneladas de alimentos, equivalente a mais de 14 milhões de refeições complementares”.
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Fonte: Brasil de Fato