O Ministério Público Estadual (MPE) realizou na manhã desta segunda-feira, 4, uma audiência para discutir a situação do abate e a comercialização de carnes no Estado de Sergipe. A reunião foi coordenada pela promotora de Justiça dos Direitos de Defesa do Consumidor, Euza Missano, e contou com representantes da Empresa Municipal de Serviços Urbanos (Emsurb), Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e Vigilância Sanitária Municipal.
Cerca de 80% da carne que é vendida nas feiras livres e mercados de Aracaju são oriundos dos matadouros irregulares sem nenhum tipo de higiene e controle, o que compromete a qualidade do produto e a saúde da população. Para poder transportar carne para outras cidades, os matadouros precisam ter carimbo do Serviço de Inspeção Estadual (SIE), que é a garantia do produto atestada pela Empresa de Desenvolvimento Agropecuário (Emdagro). Em Sergipe, somente frigoríficos privados possuem a licença.
Para combater essas e outras irregularidades, o MPE estará adotando medidas que minimizem o impacto disso na saúde dos consumidores. “Já instauramos um procedimento administrativo e designamos essa audiência para que nós pudéssemos dialogar com os órgãos de inspeção e fiscalização, para que a gente possa ter um maior controle referente a essa carne que entra no comércio de Aracaju e com a Vigilância Sanitária Municipal fazendo a fiscalização no comércio varejista”, disse Missano.
Segundo a promotora, ter um percentual significativo de carne no comércio de Aracaju sem inspeção é muito grave. “Vamos adotar todas as providências para que este impacto na saúde do consumidor seja diminuído. Reunimos todos os órgãos para pensarmos em medidas eficazes de fiscalização para coibir esse tipo de procedimento. Para isso, teremos que contar também com a conscientização dos consumidores, para que sejam seletivos na hora de adquirir produtos de origem animal e só aceitem carne que tiver origem comprovada”, pontuou.
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Da Assessoria de Imprensa