Em farmácias, mercearias e pequenos supermercados é fácil encontrar um produto que pode causar danos à saúde dos consumidores: é o mel falsificado, apresentado em algumas marcas, inclusive com certificado adulterado. Para combater a comercialização ilegal e discutir estratégias de ação, a Coordenadoria de Vigilância Sanitária da Secretaria de Estado da Saúde (SES) reuniu no Centro Administrativo dirigentes da Federação Apícola de Sergipe e da Confederação Brasileira de Apicultura para discutir estratégias de ação, na manhã desta secretaria.
De acordo com informações do presidente da Confederação Brasileira de Apicultura, Aragão Brito, Sergipe está tomado pelo comércio de mel falsificado, podendo ser encontrado de ponta a ponta do Estado. “Há uma contaminação generalizada de falsos méis e não é de apenas uma marca, são várias e precisamos combater esse tipo de crime contra o consumidor e contra nós produtores”, disse ele, salientando que esse fato vem ocorrendo há muito tempo.
O presidente da Federação Apícola de Sergipe, José Ivanilson Tavares, considerou a reunião o princípio de uma nova era no combate à irregularidade. “Eu estava esperando essa reunião desde novembro, quando mandei um ofício para a Vigilância Sanitária solicitando uma ação de combate a essa prática de falsificação do alimento, a essa água com açúcar que está sendo vendida como mel”, disse.
Ele crê que desta vez as ações de enfrentamento à falsificação do produto irão ocorrer, não apenas para o mel adulterado como também para reprimir o comércio de outros produtos que não tenham a certificação. “Nosso objetivo não é tirar ninguém do mercado, mas colocar as pessoas dentro da lei, seguindo as normas”, comentou.
Confiante de que sob o comando do médico sanitarista João Farias a Vigilância Sanitária vai agir com rigor contra os infratores, o presidente da Confederação Brasileira de Apicultura saiu da reunião muito mais otimista do que quando entrou. “Vamos estar permanentemente interagindo com a secretaria sobre essa questão da venda de mel falsificado, subsidiando naquilo que for preciso para que gente possa erradicar os infratores de Sergipe”, comprometeu-se.
Para João Farias, a priori da Coordenadoria de Vigilância Sanitária da SES é promoção da saúde pública preventiva, segundo orientação do secretário de Estado da Saúde, Almeida Lima. “Nosso objetivo é o de prevenir e educar a população para que ela não venha adquirir gêneros alimentícios fraudados, que cause doenças para os consumidores. Nesse sentido, estamos com quatro projetos a serem lançados ainda esta semana, não só da área da apicultura, mas na piscicultura também, especificamente os crustáceos. Vamos trabalhar ainda nas áreas de cerveja artesanal e hambúrguer gourmet”, adiantou.
Sobre o mel falsificado, João Farias informou que irá entrar em contato com a Secretaria de Saúde da Barra dos Coqueiros – local da produção -, com os professores de Nutrição, com o Instituto Parreiras Horta, através do Laboratório Central (Lacen) para que todas as peças sejam juntadas, com vistas à análise de amostras e apreensão do produto para encaminhamento ao Ministério Público.
Informações da Agência Sergipe de Notícias
Acompanhe também o SE Notícias no Twitter, Facebook e no Instagram.