Rene Moreira – Especial para O Estadão
A médica Myriam Priscilla de Rezende Castro, de 34 anos, foi presa na última terça-feira, 1, em Pirassununga, no interior de São Paulo, acusada de mandar cortar o pênis do ex-noivo Wendel José de Souza, após ele romper o relacionamento, a três dias do casamento, em 2002. O crime aconteceu em Juiz de Fora, Minas Gerais. Myriam está presa em Belo Horizonte.
Ela foi condenada por lesão corporal gravíssima, em 2009, e, desde o ano passado, após esgotados os recursos, passou a ser considerada foragida.
De família tradicional, a médica teria contado com a ajuda do pai, Walter Ferreira de Castro, hoje com 76 anos, que cumpre pena domiciliar. Eles teriam contratado dois homens que se passaram por funcionários de uma companhia telefônica para entrar na casa da vítima e cortar seu pênis com uma faca na frente de seu irmão, que desmaiou ao ver a cena.
O casal se conhecia havia quatro anos e o ex-noivo contou ter resolvido terminar o relacionamento após crises de ciúmes da médica – em uma ocasião, a mulher teria tentado incendiar o carro e a casa do rapaz.
Defesa. O advogado Marcelo Cerqueira Chaves, que defende a médica, alega que ela é inocente. Ele diz que o homem que cortou a vítima, Flavio Natal de Araújo, teria mudado sua versão. Consta no processo que ele teria dito durante o ataque que agiu a mando de Myriam e seu pai. Porém, segundo a defesa, no fim do ano passado, ele deu nova versão e afirmou ter sido enviado por um ex-namorado da médica.
Segundo Chaves, a revisão do julgamento será discutida no dia 14. O advogado deve pedir que a pena seja cumprida em regime semiaberto.
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