A senadora sergipana Maria do Carmo Alves (DEM) presidiu a audiência pública, realizada pela Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE), que discutiu a “Valorização da Primeira Infância e Cultura da Paz”. O debate vai reuniu especialistas em educação e saúde infantil do Brasil e do Exterior, como o psiquiatra francês Maurice Berger, que tratou da intervenção precoce entre crianças de zero a três anos para prevenir comportamentos violentos; e a psicóloga portuguesa Susana Tereno, que abordou os efeitos dessa ação preventiva entre crianças socialmente desfavorecidas.
O evento fez parte da programação da 5ª Semana de Valorização da Primeira Infância e Cultura da Paz. O tema escolhido para a edição de 2012 é “O Desenvolvimento Integral da Criança – Teoria e Prática”. Para Maria, a discussão é extremamente oportuna, uma vez que se observa o aumento contínuo da violência contra crianças e adolescentes”, disse ao observar que “a educação adequada para essa primeira infância garante à criança um desenvolvimento colaborativo e pacífico”.
Maria destacou que a criança sem segurança, sem afeto, sem atenção, que não tem as necessidades básicas atendidas, físicas, afetivas, intelectuais e emocionais, acabará por se tornar um adolescente violento. “Essas discussões que estão sendo promovidas pelo Senado trazem as experiências de outros países e aprimoram nossa própria experiência, fazendo com que possamos evoluir na proteção à criança de forma mais efetiva, com legislações modernas e apropriadas, políticas públicas eficientes e parcerias com a sociedade civil, para ampla formação de uma cultura voltada para a paz”, afirmou.
A diretora do Instituto Sidarta (SP), Claudia Siqueira, também enfatizou a importância de a sociedade se envolver na melhoraria da educação. Para ela, o sistema educacional brasileiro adota costumes do século 19, embora haja estudos e dados que permitem fazer melhores escolhas e tirar a escola do passado. Claudia observou que, na visão infantil, a escola é similar a uma prisão, e que o desenvolvimento saudável das crianças deve se dar por meio do ato de brincar, sem interferência pedagógica do educador e sem locais específicos para isso. Ela defendeu a utilização de todos os espaços da escola para as brincadeiras.
Ascom/DF