A senadora Maria do Carmo Alves (DEM) destacou nesta segunda-feira (4) a importância das reuniões que estão ocorrendo até o próximo dia 15, na 57ª Comissão das Nações Unidas sobre o Status da Mulher, em Nova York. “São discussões extremamente importantes e visam identificar alternativas e desafios, bem como orientar os Estados e demais organismos a prevenirem e combater a violência contra as mulheres”, explicou a senadora por Sergipe.
Maria citou como exemplo o caso de Sergipe onde, em uma semana, três mulheres foram mortas por seus ex-companheiros, além de uma adolescente que foi violentado por um homem portador do vírus da Aids. “Esses são os casos que são tornados públicos. Com certeza, várias outras mulheres, mães, filhas, esposas, enteadas e tantas outras estão sendo vítimas das mais variadas formas de violência”, afirmou a senadora observando que sociedade e poder público precisam adotar medidas que inibam esse tipo de atitude.
A Comissão das Nações Unidas sobre o Status da Mulher é formada por representantes de 57 países, incluindo o Brasil, o Peru, o Uruguai, a República Dominicana e a Venezuela. As conclusões apresentadas durante as discussões serão negociadas entre os representantes dos países e expostas no documento final.
Maria lembrou que, segundo o Mapa da Violência, publicado em 2012, pelo Centro Brasileiro de Estudos Latino-Americanos (Cebela) e pela Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais (Flacso), mais de 92 mil mulheres foram assassinadas no país entre os anos de 1980 e 2010. “É lamentável. Não podemos mais continuar convivendo com essa onda de violência. Precisamos estar inseridas nesse contexto de combate à violência”, afirmou a parlamentar, ressaltando que em 2011, o Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), do Ministério da Saúde, registrou 70.270 atendimentos a mulheres vítimas da violência. A maioria delas tinha entre 15 e 29 anos e foi agredida por maridos ou namorados.
CPMI – Em fevereiro passado, Maria do Carmo foi a responsável por instalar, no Congresso Nacional, a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) para investigar a violência contra mulheres no Brasil. A comissão, também, ficou responsável por apurar denúncias de omissão por parte do poder público com relação à aplicação de instrumentos instituídos em lei para proteger as mulheres em situação de violência.
Da Assessoria de Imprensa