“Quero fazer um debate programático. A construção feita até agora nos levou a um grande crescimento. Temos um passado virtuoso. Somos hoje o maior partido do Estado. Mas a partir desta eleição interna viveremos um novo momento. Vamos construir em novas bases, de forma horizontalizada, respeitando as forças políticas e construindo coletivamente, dando protagonismo à militância. Trabalho pela renovação para avançar, para melhor. É isso que estou me propondo a fazer. Não com o discurso retórico da negação, mas sim da construção descentralizada, incluindo a todos.”
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Foi a partir desta premissa central que o deputado federal Márcio Macêdo apresentou as principais propostas da sua candidatura a presidente do Diretório do Partido dos Trabalhadores em Sergipe. Em entrevista ao programa “A Hora da Verdade”, na Megga Atalaia FM, nesta quinta-feira (14), o candidato da corrente “Construindo um Novo Brasil” defendeu que o debate no segundo turno do Processo de Eleições Diretas (PED) se dê em caráter propositivo, em alto nível. Ele também se colocou à disposição da corrente Articulação de Esquerda, liderada pela deputada estadual Ana Lúcia Vieira e pelo vereador Iran Barbosa, para dialogar e buscar um consenso para construção de um acordo visando o pleito do próximo dia 24 de novembro.
Na entrevista, Márcio Macêdo também frisou que o primeiro turno do PED, que ocorreu no último domingo (10), “não produziu vencedores nem perdedores individualmente”. “Na verdade, o grande vencedor foi o PT”, frisou. O parlamentar apresentou todos os resultados consolidados da eleição e destacou que a condição das forças internas é de equilíbrio. “Dos três candidatos, Rogério chegou na dianteira, com 44% dos votos; eu obtive 39%, e Ana Lúcia, 16%. Já na disputa das chapas, a corrente que eu lidero foi vencedora, com 40% dos votos, enquanto a chapa de Rogério teve 38%; a da Articulação de Esquerda, obteve 16%, e a de Severino e a do Movimento PT alcançou 6%”, lembrou.
O deputado também explicou que no Diretório Estadual, que é formado por 46 membros, a chapa que ele lidera indicará 18 nomes, assim como o grupo de Rogério, que terá a mesma quantidade de vagas. Já a Articulação de Esquerda indicará três nomes e o grupo de Severino outros três. Márcio Macêdo disse ainda que na Executiva, que é composta por 15 membros, a corrente que ele lidera terá seis assentos, mesmo número de vagas para o agrupamento de Rogério. A chapa de Ana Lúcia indicará dois membros; Severino terá uma vaga.
“Hoje, as forças políticas têm que dialogar e construir. Não existe ninguém que tenha a liderança absoluta do PT ou que tenha saído vitorioso esmagando os demais. Na eleição do primeiro turno, Rogério foi o mais votado em 35 cidades, enquanto eu venci em 25; Ana Lúcia ficou em primeiro em 12 municípios. Já em relação aos presidentes dos diretórios municipais eleitos, os nomes da chapa que eu lidero foram vitoriosos em 29 cidades, enquanto aqueles apoiados por Rogério venceram em 22; a Articulação de Esquerda elegeu 12 e o grupo de Severino, cinco. Haverá segundo turno em quatro municípios. Houve uma vitória do partido como um todo”, ressaltou.
Sobre a busca de apoio da Articulação de Esquerda, Márcio Macêdo disse que escutará as demandas da corrente e não criará empecilhos para que se chegue a um consenso. Ele frisou que até mesmo a disputa pelo Diretório Municipal de Estância poderá ser discutida. “Vai ser tudo construído na política. Nenhuma cidade vai prejudicar o projeto estratégico para o Estado. Vamos sentar e discutir. Ana Lúcia merece nosso respeito. A corrente que ela lidera tem construção dentro do partido. Estão conosco desde a primeira hora. A força de Ana e Iran, e da Articulação de Esquerda, mostrou que pode ser o fiel da balança. Pode ser decisivo. É obvio que política não é matemática, mas espero que a Articulação de Esquerda me apóie”, afirmou.
Da Assessoria Parlamentar