Mais uma vez o repórter fotográfico Márcio Garcez leva a cultura sergipana para além fronteiras. Com a exposição fotográfica ‘Barco de Fogo’ estará do dia 05 a 27 de junho na Câmara dos Deputados, Palácio do Congresso Nacional, Brasília (DF).
Não é a primeira vez que Márcio expõe na capital do Brasil, a primeira em 2012, apresentou uma das maiores manifestações culturais sergipanas, o folguedo do ‘Lambe-Sujo x Caboclinhos’.
‘Barco de Fogo’ selecionado por meio de edital nacional pelo Centro Cultural Câmara dos Deputados é uma exposição individual, que foi aprovada para integrar a Agenda Cultural em 2019. O edital contemplou projetos nas áreas de fotografia, escultura, pintura, gravura e desenho, entre outras, além de produções históricas e/ou comemorativas. Todos os projetos inscritos foram analisados por uma Comissão Curadora.
“Fico feliz em ter sido escolhido diante de um edital nacional. É um orgulho levar uma parte do fragmento da nossa história cultura para que outras pessoas possam ter acesso e conheçam um pouco do barco de fogo”.
Com apoio do Instituto Banese, Márcio Garcez conta que a exposição abordará a produção do barco de fogo. “Apresento um barco de fogo alegórico, sem pólvora, e uma projeção com boa parte das fases de fabricação do artefato. A coleta do bambu, a produção da pólvora, das espadas de fogo, dos barcos e o espetáculo da soltura”, detalha.
O barco de fogo constitui uma das manifestações culturais mais significativas de Sergipe. Trata-se de uma tradição que representa um elemento distintivo e exclusivo do ciclo junino da cidade de Estância (SE), constituindo-se como importante elemento de identidade local.
Neste âmbito, surge o projeto expositivo do premiado fotógrafo Márcio Garcez, que nasceu com a finalidade de apresentar a partir da narrativa fotográfica, os bastidores da cultura dos barcos de fogo, destacando o trabalho dos fogueteiros, o registro dos barracões, bem como a complexidade da tradicional confecção e soltura dos fogos de artifícios. Segundo a curadora de artes, doutora em Antropologia, Rosana Eduardo, a finalidade do acervo é proporcionar a valorização estética, cultural e artística desta tradição. “As imagens fazem parte do registro autoral de Garcez, que ao longo de trinta anos documenta a cultura popular brasileira”.
“O que mais toca de perto o observador, admirando as fotografias é a absoluta mobilidade da imagem com a energia do fogo e pigmentos coloridos, onde podemos dizer que Garcez dança e pinta com a luz”, observa Vanessa Noronha Töller, curadora de Artes e presidente da Sociedade Austro Brasileira da Educação e Cultura Papagaio Viena/Áustria.
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por Cândida Oliveira