Se apresentou à Justiça nesta terça-feira (30), em Itaporanga D’Ajuda, o moçambicano Daniel Manuleke de Souza, de 18 anos, acusado de estuprar uma criança de 12 anos, no dia 11 de fevereiro, no banheiro da chácara João XXIII, município de Salgado, durante retiro espiritual de uma igreja evangélica.
Até o dia 3 deste mês, Manuleke era considerado foragido da Justiça, já que ainda não havia se apresentado como foi solicitado durante o período em que o inquérito estava em processo de andamento. No entanto, o advogado de defesa, Aurélio Belém impetrou recurso no Supremo Tribunal de Justiça (STJ), no qual decisão saiu favorável ao acusado.
Em entrevista ao programa de rádio “Liberdade Sem Censura”, comandado pelo radialista Evenilson Santana, na manhã desta quarta-feira (31), o advogado Aurélio Belém, afirmou que apresentação na comarca de Itaporanga foi uma demonstração de que o jovem quer colaborar com o processo. O advogado explicou que o rapaz está proibido de sair do município de Itaporanga e que vai cumprir com a determinação.
Durante entrevista, Aurélio Belém afirmou que o rapaz não oferece nenhum tipo de perigo à sociedade. “Ele é um garoto que está sendo vítima de uma campanha nefasta a qual eu ainda não entendo. Se ele não se apresentou antes foi porque ato poderia ser de risco para ele. Na época, se fosse preso, sua integridade física seria violada por crime que não cometeu”, ressaltou o advogado.
Segundo o advogado de Manuleke, apenas três pessoas foram ouvidas, sendo elas, a vítima e seus pais. Para Aurélio Belém, não há comprovação concreta de que Manuleke cometeu o abuso. “Não foram apresentadas prosas o suficiente, tanto que o decreto de prisão foi revogado”.
Delegada rebate
A delegada responsável pelo Departamento de Atendimento a Grupos Vulneráveis (DAGV), Mariana Diniz, rebateu as afirmações de Aurélio e ressaltou que “o papel dele, enquanto advogado, é defender”.
De acordo com ela, o trabalho da polícia já foi concluído e o inquérito já foi fechado. Dessa forma, Mariana Diniz salientou ainda que, ao contrário do que Aurélio afirmou, evidências foram apresentadas à Justiça. “Agora é esperar que a Justiça tome a decisão mais coerente. Tudo o que se poderia apresentar, foi apresentado”, finalizou.
Da redação do JC Online