O técnico do Grêmio, Vanderlei Luxemburgo, se considera injustiçado com a sentença publicada nesta sexta-feira, pela Justiça Eleitoral do Tocantins, que o condena a um ano e seis meses de reclusão –revertidos em prestação de serviços à comunidade pelo mesmo período, além pagamento de cem salários mínimos a um centro educacional.
Através de nota oficial, o ex-treinador da seleção brasileira afirma que nem ele nem os seus advogados foram “devidamente cientificados e intimados da decisão”.
E completa: “Todavia e, apesar de desconhecermos seu teor, estamos convictos de que a própria Justiça de Tocantins irá, em Grau de Recurso, modificar a equivocada decisão, para que ao final do Processo possa prevalecer a verdade dos fatos e impere a justiça”.
Luxemburgo, que também foi decretado inelegível por oito anos, ainda insinuou estar sendo perseguido. “E [que haja uma sentença] sem a influência de fatores políticos”.
O crime do comandante gremista foi o previsto no artigo 289 do Código Eleitoral, que fala sobre transferência eleitoral fraudulenta, e poderia chegar a cinco anos de reclusão.
Para transferir o seu domicílio eleitoral para a cidade, onde pretendia concorrer nas eleições seguintes, ele apresentou em 12 de dezembro de 2008 ao Cartório Eleitoral de Palmas (TO) uma declaração de que residia há três meses na capital tocantinense. Porém, não conseguiu provar isso e o documento –de caráter público– foi considerado falso.
A ação havia sido proposta pelo promotor Cesar Roberto Simoni de Freitas, do Ministério Público Eleitoral do Tocantins, no dia 31 de maio de 2010.
Procurado pela Folha, o Grêmio informou, via assessoria de imprensa, que se tratava de assunto de cunho pessoal do seu treinador.
Mas, neste sábado, o clube divulgou em seu site que Luxemburgo “recebeu o carinho da torcida gremista”, esta manhã, após o último treino antes do jogo contra o Cruzeiro local, neste domingo, em Novo Hamburgo, pelo Campeonato Gaúcho.
Folha UOL