As críticas feitas pelo deputado Venâncio Fonseca (PP) ao sistema de contribuição financeira dos filiados militantes do Partido dos Trabalhadores receberam resposta irônica do líder do governo na Assembleia Legislativa, deputado Francisco Gualberto (PT). Segundo Venâncio, ele havia descoberto agora que os petistas contribuem mensalmente com parte do seu salário para manutenção do PT.
“Essa foi a descoberta mais atrasada que existe na face da terra, pois é algo que existe há 32 anos”, ironizou Gualberto, avisando que a contribuição mensal dos militantes filiados ao Partido dos Trabalhadores é legítima e estatutária. “Qualquer entidade organizada, para se manter e atuar devidamente precisa da contribuição dos seus filiados, sócios, ou seja lá o que for”.
O líder esclareceu ainda que existe sim uma tabela definindo o quantitativo possível para cada um dos filiados contribuintes, a depender do poder aquisitivo apresentado na ocasião. No caso dos deputados estaduais, cada um deles – Gualberto, Ana Lúcia, Conceição Vieira e João Daniel – contribui mensalmente com R$ 2,4 mil, já que detêm mandato no parlamento.
Francisco Gualberto também negou a insinuação de Venâncio sobre ‘caixa 2’ no Partido dos Trabalhadores. “Não é verdade que os cargos de confiança do Estado contribuem com o PT. Quem contribui com o PT são os filiados do partido. Estejam eles onde estiverem, inclusive os trabalhadores autônomos”, explicou o líder.
Quanto ao tema que persiste nos bastidores da Assembleia Legislativa, a recomposição da bancada governista para garantir a governabilidade de Marcelo Déda, o deputado Gualberto disse que tudo acontecerá no momento certo. “A oposição levanta a questão de forma maldosa. Falam como se tivesse algum problema em o governador procurar um deputado ou um prefeito para tratar de política. Não há problema algum nisso”, garante, lembrando que o grupo político de Venâncio governou Sergipe por 30 anos e conhece melhor do que ninguém como funciona o sistema de governabilidade.
Gilson Sousa, da assessoria parlamentar