As constantes acusações de que o senador Eduardo Amorim costuma orientar a oposição na Assembleia levaram o deputado estadual e líder da bancada, Venâncio Fonseca, a rechaçar a hipótese. De acordo com o parlamentar, o senador não dita regras e nem interfere nas votações. “Vamos analisar e votar o pedido de empréstimo (do governo), mas não por determinação de lideranças. Temos projeto político e não seguimos orientação. Não vamos prejudicar a população por questiúnculas políticas”.
Venâncio disse que a oposição já votou e aprovou pedidos de empréstimos que somam dois bilhões de reais e por isso não era justo o líder do governo, deputado estadual Francisco Gualberto, afirmar que houve má vontade da oposição no episódio do Proinvest. “Não vamos aceitar pressão. Não gosto de ser acuado. No diálogo, sim, no ferrão, não”, comentou. O deputado disse que muitas pessoas tentaram tirar uso político do Proinvest envolvendo o nome do senador Amorim. “Ele está fora, ninguém aqui segue o senador nas votações, ele não manda aqui”, emendou.
Imprensa
O líder da oposição tratou ainda de desmentir notícias que considera infundadas dando conta da desistência do deputado estadual e pastor Antônio dos Santos em disputar a eleição. Para Venâncio as notícias são infundadas e ‘orquestradas’. O pastor, de acordo com o líder da oposição, é candidato. “As notas estão saindo para desgastar politicamente nosso agrupamento. Marcos Franco (diretor executivo do Jornal da Cidade) não está lendo o jornal dele, onde saiu uma nota vergonhosa”. Venâncio disse que o único membro da oposição que já declarou publicamente que não disputará a reeleição é o colega Zeca da Silva.
O deputado assegurou que a candidatura de Eduardo Amorim é irreversível. “Se ele fizer composição, melhor. Se não conseguir, vamos sair sozinho. Vamos enfrentar o poder, mas não vou aceitar essa orquestração. O pastor Antônio dos Santos vive desmentindo no rádio notas que dizem quem ele não é mais candidato. Por que esse medo de Eduardo Amorim? Saiu nota afirmando que André Moura será candidato a senador na chapa e que Amorim desistiu. A quem interessa”, questionou.
Venâncio disse que vai disputar a eleição de forma limpa, sem ceder às pressões dos adversários. “Quero ser governo defendendo um projeto político, proposta de governo e vencer nas urnas, mas jamais vou aderir ao governo ou aceitar proposta de secretaria”. O líder da oposição lembrou aos colegas que as insinuações de desistência e formação de chapas têm como objetivo confundir o eleitor e desgastar seu grupo político.
Gualberto
No discurso, Venâncio Fonseca dedicou um tempo ao colega e líder do governo, Francisco Gualberto, com quem costuma ter embates políticos na tribuna. O líder da oposição destacou o retorno do parlamentar petista ao posto. “Saúdo Gualberto, que volta a ser líder do governo. Conhece a Casa, tem traquejo. Há causas que são complicadas, a defesa é difícil, mas vale o esforço. O governo acertou ao escolher o deputado, possui bom relacionamento. Muitas coisas serão amenizadas devido ao bom relacionamento de Gualberto com os colegas de oposição”.
O líder da oposição destacou ainda o gato de Francisco Gualberto fazer um discurso de ‘paz e amor’, lembrando uma fase do ex-presidente Lula, ao propor diálogo com a oposição para votar o projeto de empréstimo para a área de Saúde. “O governador na abertura dos trabalhos, ao ler a mensagem na Assembleia, veio dar ‘carão’ nos deputados, fazer cobranças. Não aceitamos isso. Agora o tom mudou e o governo vem com outro discurso”.
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Agência Alese