Com os laudos emitidos pelo Instituto de Criminalística (IC), vinculado à Polícia Científica (PCi), a Polícia Civil concluiu que a arma utilizada na execução do homicídio registrado em outubro de 2024 no Povoado Pati, em Laranjeiras, logo após investidas criminosas registradas em frente ao Presídio Semiaberto de Areia Branca, é a que foi apreendida com uma das investigadas presas na Operação Enedra — deflagrada em dezembro de 2024 pelo Centro de Operações Policiais Especiais (Cope), com o auxílio da Divisão de Inteligência e Planejamento Policial (Dipol).
De acordo com o delegado Alison Lial, responsável pela investigação, a partir do material apreendido durante a operação, o Cope requisitou à PCi, entre outras perícias, a realização do exame de eficiência e funcionamento dos armamentos apreendidos, bem como o confronto balístico com os projéteis retirados do corpo de uma das vítimas. “Além dessas análises, também requisitamos os laudos do exame necroscópico”, completou.
Segundo a perita criminal Hayla Helena, após o recebimento da solicitação do exame feita pelo delegado Alison Lial, responsável pelo caso, o Setor do IC procedeu com o confronto balístico entre o projétil retirado do corpo da vítima e a arma de fogo encaminhada à perícia. “Constatamos que aquele projétil havia sido propelido pelo cano da respectiva arma de fogo através da análise dos microarranhamentos e microastriamentos presentes nos materiais analisados”, explicou.
A perita criminal Fabinara Dantas ressaltou que o resultado do confronto balístico feito pelo setor de Balística Forense trouxe informações técnicas e objetivas que contribuíram para o esclarecimento do caso. “Confirmando, de maneira científica, que a arma de fogo foi utilizada no crime”, evidenciou, detalhando que a unidade, vinculada ao IC, realiza rotineiramente exames em armas de fogo, munições e demais elementos ligados à indústria bélica, o que contribui para esclarecimentos ligados às investigações policiais.
Alison Lial destacou a importância da análise pericial para robustecer o inquérito. “A partir do laudo pericial confeccionado pelo setor de Balística Forense, do Instituto de Criminalística, a Polícia Civil concluiu que os projéteis que atingiram um dos homens vítima do crime partiram da arma — Pistola Taurus PT 938, calibre nominal .380 — apreendida com uma das pessoas presas durante a Operação Enedra. Os laudos referendaram, por conseguinte, as informações constantes do inquérito policial”, ressaltou o delegado.
Crimes
As investigações tiveram início em 10 de outubro de 2024, quando dois crimes foram praticados inicialmente na cidade de Areia Branca, em frente ao presídio semiaberto. “Logo após, no Povoado Pati, às margens da BR-235, município de Laranjeiras, houve outro homicídio. O crime, registrado em Laranjeiras, foi motivado por disputas pelo tráfico de drogas na região do Vale do Cotinguiba, tendo sido ordenado por um líder do tráfico contra um detento beneficiado com a saída temporária”, explicou Alison Lial.
Operação Enedra
A operação — cujo nome faz referência ao termo grego “Enedra”, que significa “emboscada”, em alusão à forma como os crimes foram praticados contra as vítimas — contou com o apoio das Delegacias Regionais de Lagarto, Estância e Propriá; da Divisão Especial de Investigação e Capturas da Polícia Civil de Alagoas (DEIC/PCAL); da Polícia Rodoviária Federal em Sergipe; da Draco/PCAL; da Delegacia de Roubos e Furtos/Depatri de Pernambuco; além do apoio operacional do Desipe e do Gope da Secretaria da Justiça e Defesa do Consumidor (Sejuc).
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Fonte: SSP SE