Depois de sete anos de missões cumpridas no Corpo de Bombeiros Militar de Sergipe (CBMSE), o labrador Jimmy está se aposentando. O herói de quatro patas sai de cena das ações que exigem energia e vigor, mas continua na sua missão de resgatar, dessa vez a alegria das crianças da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae), em Aracaju.
Jimmy nasceu no dia 18 de janeiro de 2013, no canil do CBMSE, e fez parte desde então do Serviço de Busca, Resgate e Salvamento com Cães (SBRESC) da instituição. Atuou em diversas ocorrências pelo Estado, como busca de pessoas desaparecidas na mata, corpos ocultados e desabamentos.Em 2014, o labrador ajudou na localização de uma família que ficou soterrada no desabamento de um prédio no bairro Coroa do Meio, na capital sergipana. A participação dos cães foi fundamental para realizar as escavações no local correto e resgatar as vítimas, que ficaram sob os escombros durante 34 horas. A atuação do CBMSE, cães e bombeiros, teve repercussão internacional.
O trabalho dos cães sergipanos também foi destaque nacional no rompimento da barragem de Brumadinho, Minas Gerais, em 2019. Jimmy e mais três labradores estiveram por mais de 30 dias ajudando a encontrar vítimas da tragédia. Foram sete anos de trabalho intenso e agora é hora do animal ter uma rotina mais tranquila.
“Ele apresenta um bom quadro de saúde, mas é o tempo certo para a aposentadoria, assegurando uma qualidade de vida para o cachorro, já que ele não apresenta mais a mesma energia para realizar as buscas. Não é uma decisão fácil, são muitos anos de companheirismo, mas ele merece esse descanso”, afirmou o treinador de Jimmy durante todo esse tempo, sargento Thiago Garcia.
O cão continuará tendo monitoramento da saúde por veterinários da Mineradora Vale, por conta da atuação em Brumadinho, além de permanecer no projeto “Promoção da saúde animal através da acupuntura e técnicas da medicina tradicional chinesa”, do curso de Veterinária da Universidade Federal de Sergipe (UFS).
Novo lar
Depois da aposentadoria, o labrador ganhou um novo lar, tendo sido adotado por um amigo do canil. Mas a nova rotina do cão não deixa de ter um espaço para sua missão desde o nascimento: ajudar.
Ele continuará atuando como co-terapeuta das crianças da Apae, através da Cinoterapia, que é uma abordagem que tem como diferencial o uso de cães no tratamento físico, psíquico e emocional de pessoas com necessidades especiais.
“O benefício é mútuo, já que buscamos socializar os cães e expô-los ao contato com as pessoas, contribuindo para deixá-los cada vez mais calmos, equilibrados e felizes”, concluiu o sargento Garcia.
Fonte: CBM/SE
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