Por Claudia Garcia, Globo Esporte, em Milão, Itália
Na véspera do confronto, Diego Costa e Balotelli trocaram elogios. Em campo no San Siro, na quarta-feira passada, brilharam intensamente, um de cada jeito. O italiano apareceu mais vezes, com dribles desconcertantes e muita presença ofensiva. O brasileiro quase não tocou na bola no começo, mas decidiu no fim. E foi o único a sair comemorando. Aos 38, fez o gol da vitória do Atlético de Madrid sobre o Milan por 1 a 0, pelas oitavas de final da Liga dos Campeões da Europa.
Parecia uma noite inspirada para Balotelli. O cenário perfeito para a consagração do camisa 45 no palco europeu: San Siro lotado, como em raras ocasiões na atual temporada, torcida animada, troca de sorrisos com o treinador Seedorf, pontaria afiada no aquecimento.
Do outro lado, Diego Costa teve um início mais apagado, mas fez sentir o seu peso no ataque sempre que recebeu a bola. Num lance casual, uma falta do sergipano acabou forçando a saída do italiano antes do apito final, por causa de dores no ombro. Sem o rival em cena, foi do brasileiro naturalizado espanhol o ato final que decidiu o desfecho do primeiro dos três duelos que os artilheiros explosivos terão nos próximos dias, no jogo de volta, em 11 de março, e no amistoso entre “Roja” e “Azzurra”, no dia 5.
– Depois dos 15 minutos do primeiro tempo, o Milan cresceu muito no jogo, e nós sofremos. Mas sabíamos que era uma partida de paciência, soubemos aguentar bem a pressão do Milan e crescemos durante o confronto – observou Diego Costa na zona mista do San Siro.
Paciência foi a palavra-chave do jogo do Atlético de Madrid no San Siro. Os espanhóis aproveitaram o habitual desgaste do Milan no segundo tempo e fizeram um gol muito importante para a classificação às quartas de final.
Mas Diego Costa tem razões para reclamar do seu time. Quase não recebeu bola no primeiro tempo. Balotelli, pelo contrário, contou com Kaká motivado e Taarabt muito inspirado. O trio construiu boas jogadas de ataque, mas não foi eficaz. Do outro lado, o atacante dos colchoneros tentava segurar o seu time na frente, mas estava muito isolado.
Balotelli ainda teve o público a seu favor durante toda a partida e respondeu com uma de suas melhores atuações da temporada. O italiano se movimentou bem, acertou passes com o meio de campo, animou o público com belos dribles pela lateral, e impôs o seu físico no meio da zaga do Atlético, ganhando bolas e conquistando faltas perigosas. Teve um saldo positivo de quatro finalizações, duas na direção do gol. Mas foi travado com falta, exatamente de Diego Costa, a poucos minutos do fim, ainda com o jogo empatado por 0 a 0, e abandonou o gramado com dores na clavícula, aos 32 minutos.
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