Na tarde deste domingo (27), o juiz Antônio Henrique de Almeida Santos realizou a audiência de custódia da mãe do bebê encontrado por um gari, no sábado (26), dentro de uma caixa coletora, sob a ponte do Bairro Inácio Barbosa, em Aracaju. A informação é do G1 SE.
Durante o julgamento, o juiz decretou prisão preventiva, mas como é mãe de outras crianças menores de 12 anos, foi convertida para prisão domiciliar. A mulher também está sendo monitorada eletronicamente.
De acordo com a Justiça, ela foi autuada em flagrante de delito na residência onde mora, no Bairro Inácio Barbosa, depois de uma denúncia recebida pelo Centro Integrado de Operações em Segurança Pública (Ciosp). Em seguida, foi encaminhada ao Departamento de Grupos Vulneráveis (DAGV) e no depoimento confessou o crime.
Por nota, a Secretaria da Segurança Pública de Sergipe informou que a mulher já havia confessado ao pai sobre o abandono da criança. E em depoimento, falou “que tinha ido ao banheiro e percebeu que a criança estava no vaso sanitário, no entanto, o bebê tinha indícios de corte do cordão umbilical e de abandono”.
Entenda o caso
A Polícia Militar explicou que um gari ouviu o choro do bebê e, inicialmente, achou que se tratava de um gato, mas ao se aproximar percebeu que era uma criança. Ele informou que o local onde a criança estava foi apontado por um carroceiro que também ouviu o barulho.
“Fui pegar a bolsa e caiu a criança. Eu fiquei até sem palavras, todo mundo ficou mudo”, disse o gari, Edson de Góis, ao explicar sua reação ao suspender a sacola e encontrar o bebê. Moradores da região acolheram a criança deram banho, roupa e conseguiram leite materno para alimentá-lo, enquanto equipes de socorro chegavam ao local.
O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado para verificar o estado de saúde do bebê, que foi encaminhado para a Maternidade Santa Isabel, acompanhando por uma equipe do Conselho Tutelar de Aracaju.
Segundo a conselheira, Letícia Feitosa, o bebê pesa 1,5 Kg, e tudo indica que nasceu neste sábado. Ainda de acordo com ela, caso a família não apareça ele pode ser colocado para a adoção ou ser levado para um abrigo.
O caso foi comunicado a Polícia Civil que vai abrir um inquérito para apurar a ocorrência. A investigação deve ser comandada pelo Departamento de Grupos Vulneráveis (DAGV). Os policiais vão buscar informações que possam levar à identificação da mãe da criança, que, caso seja identificada, pode responder criminalmente pelo abandono.
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