Os profissionais da comunicação de Sergipe realizam ato público na próxima quarta-feira, 10, a partir das 8h no calçadão da rua João Pessoa em frente ao prédio da Caixa Econômica Federal. O objetivo do ato é dialogar com a sociedade sergipana sobre a situação dos trabalhadores da comunicação em Sergipe. “Ao contrário da aparência, a vida do comunicador sergipano é muito difícil, os salários são baixos e há uma precariedade nas condições de trabalho”, aponta a presidenta do Sindijor/Se, Caroline Santos.
A situação do radialista ainda é mais difícil. O atual piso salarial sequer ultrapassa a marca de R$1 mil. O que deixa os profissionais do rádio em uma situação vulnerável. “Os patrões da comunicação não se propõem a valorizar os profissionais, só visam o lucro e isso aumenta o sofrimento dos radialistas”, disse Fernando Cabral, presidente do Sindicato dos Radialistas.
O piso do jornalista não alcança sequer dois salários mínimos, é muito pouco para um profissional que deve estar sempre antenado com os acontecimentos, que precisa ter acesso aos bens culturais (teatro, cinema, livros, etc).
O que se vê hoje é um grande faturamento das empresas e parte do lucro sequer é divida com os trabalhadores. Há anos os patrões da comunicação de Sergipe se utilizam do mesmo expediente, de não apresentar contraproposta para as demais reivindicações das categorias. A pauta conjunta é composta de 13 itens e cada sindicato enviou uma pauta específica. O Sindicato dos Radialistas 13 e o Sindicato dos Jornalistas 8, mas o ofício apresentado na penúltima audiência não apresenta respostas aos demais pontos reivindicados pelas categorias.
“Não há como fazer uma negociação avançar se os patrões só sabem apresentar propostas rebaixadas de reajuste e sequer abrem possibilidade de negociar outros itens. Isso nós não aceitamos mais, e vamos para rua fazer a nossa luta”, aponta Cabral.
Organizados e na luta para conquistar: Esse é o mote da campanha conjunta dos comunicadores que foi aprovado na última assembleia. Além do ato público que acontece dia 10, as duas categorias vão buscar apoio de outros sindicatos e também a intermediação de parlamentares para fortalecer o movimento por valorização dos comunicadores de Sergipe.
por George Washington