O prefeito João Alves Filho esteve nesta quinta-feira, dia 10, na missa de corpo presente em encomendação do corpo de Frei Miguel, realizada na igreja São Judas Tadeu. O celibatário morreu aos 104 anos em decorrência de uma infecção pulmonar e deixa um legado de humildade e caridade para os moradores do bairro América.
João Alves lamentou a morte do Frei dizendo que ele era um homem que dedicou sua vida à caridade e ao amor ao povo. “Frei Miguel foi um exemplo de vida inesquecível. Algo que nos consola neste momento de dor é que ele hoje está na vida eterna. Perdemos um amigo, mas ganhamos um santo que está no céu”.
O vice-prefeito, José Carlos Machado, lembrou de momentos que viveu com o Frei e de quão importante foram os conselhos que dava. “Ele foi uma pessoa impressionante e muito especial, que tinha sua vida voltada para as pessoas carentes. Eu e João estivemos com ele durante a campanha ele pediu que governássemos para os pobres. Essa é a essência do Evangelho”, declarou.
O deputado petista Márcio Macedo, presidente da Comissão Mista Permanente de Mudanças Climáticas, esteve presente durante a celebração e elogiou o Frei dizendo que ele se dedicava a vida de todos com fé e amor ao próximo. O deputado aproveitou a oportunidade para elogiar o prefeito João Alves Filho pela criação da Secretaria de Meio Ambiente, já que a capital sergipana era a única que não tinha uma pasta voltada ao assunto.
Os cristãos, que lotaram a Igreja, escutaram palavras de conforto na celebração presidida pelo Arcebispo de Aracaju Dom José Palmeira Lessa. Para o celebrante, Frei Miguel foi um homem que adorou incessantemente Deus. “Ele era um homem de Deus e por conta disso trouxe multidões para a Igreja, pessoas que hoje vieram demonstrar toda gratidão por este irmão. Ele é um exemplo de homem consagrado”, disse o arcebispo salientando a importância de Frei Miguel para a comunidade carente. “Queremos agradecer a Deus pela vida preciosa do Frei. Hoje ele vive plenamente nas mãos de Deus o que realizou aqui na terra”.
O Frei Rubival Cabral, provincial dos Capuchinhos BA/SE, fez depoimento emocionante para a congregação falando sobre a vida sacerdotal de Frei Miguel. De acordo com o padre, Deus levou consigo um grande tesouro, um irmão e missionário. “Ele agora vive plenamente com Deus, fonte e origem do amor, misericórdia e salvação”, completou.
Após celebração eucarística, o corpo do Frei foi levado pelos frades capuchinhos em cortejo seguido pelos fiés até o mausoléu da igreja São Judas Tadeu, onde o corpo será enterrado.
Frei Miguel
Nascido em 30 de outubro de 1908 na Itália, Frei Miguel foi acolhido pelos Capuchinhos, onde começou sua vida celibatária aos 12 anos. Enquanto sacerdote desenvolveu atividades missionárias por quase toda a região norte da Bahia.
Em 1961 veio à Aracaju onde construiu a igreja e convento São Judas Tadeu, na qual exerceu atividade incansável por mais de 50 anos, servindo com amor o povo sergipano. Seus conselhos ajudaram muitas pessoas, dentre elas dona Anesita Bezerra, que se confessava com o Frei. “Ele foi um padre excelente, muito caridoso. Ajudou-nos muito com seus conselhos. Ele era um exemplo edificante de vida consagrada”.
Pobre e abnegado, Frei Miguel doava tudo que recebia para a Igreja e para os pobres, que ele chamava “os escolhidos de Deus”.
Agência Aracaju de Notícias