O governador Jackson Barreto recebeu na tarde desta sexta-feira, 29, o presidente da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) Celso Schroder e a direção do Sindicato dos Jornalistas de Sergipe (Sindijor) para tratar de temas relacionados a liberdade de expressão em Sergipe.
Jackson Barreto lamentou que estamos vivendo um momento ímpar no estado com o cerceamento do direito a opinião e a informação. “Estamos caminhando para uma verdadeira ditadura com os jornalistas e veículos de comunicação sem poder informar a sociedade e muito menos opinar, porque se contrariar os interesses de determinado grupo eles entram com ações que inibem o livre trabalho da imprensa. Lutamos tanto para que houvesse liberdade de imprensa no Brasil e agora testemunhamos este retrocesso”, disse o governador.
O presidente da Fenaj, Celso Schroder, disse que está havendo uma verdadeira judicialização das questões relacionadas a imprensa. Para ele, o trabalho do jornalista deve ser livre e é o profissional de imprensa que deve decidir com critérios jornalísticos o que deve ser pauta ou não e que a Justiça deve apenas atuar em caso de excessos, nunca de forma a censurar o jornalismo. “Esse comportamento exerce uma influência nefasta na sociedade por que gera um clima de terror entre os jornalistas e muitos deles deixam de noticiar aquilo que é importante para a sociedade apenas porque contraria o interesse de algum grupo influente. Isso não é bom para a democracia?, enfatizou.
O presidente do Sindijor, Paulo Sousa, lembrou que a trajetória de vida do governador Jackson Barreto sempre teve um caráter progressista e que o sindicato reconhece que ele jamais usou o Judiciário para tentar calar a imprensa. “Seria contrariar a sua história. Justiça seja feita, o governador Jackson Barreto nunca buscou calar nossos jornalistas ou veículos de comunicação”, disse Paulo.
O secretário de Comunicação do governo do estado, Sales Neto, lembrou que algumas ações judiciais impetradas neste período eleitoral contra profissionais da imprensa visam impedir de divulgar nomes e fatos relevantes para a sociedade com o intuito de evitar que a população conheça melhor as pessoas que buscam o apoio popular para adquirir poder. “Como a sociedade vai poder julgar essas pessoas se ela não pode saber da sua vida, da sua história? Algumas ações proíbem de se falar nomes e até pedem a retirada de circulação de jornais, sites e redes sociais, isso é um absurdo e temos o dever de lutar contra essa forma de ditadura”, disse Sales Neto.
Celso Schroder disse que isso não está acontecendo apenas em Sergipe mas neste período eleitoral o estado vem chamando a atenção pela quantidade de ações que estão sendo impostas sobre os jornalistas e veículos. “Vamos denunciar aqui no Brasil e até em fóruns internacionais porque não podemos permitir esse clima de repressão que acaba tolhendo o trabalho dos jornalistas. Se isso continua desta forma daqui a pouco não vai haver nem necessidade de se entrar com ações porque isso acaba arraigando na cultura podendo causar até mesmo a auto censura” finalizou.
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