O governador Jackson Barreto recebeu em audiência a diretoria do Sindicato dos Agentes Penitenciários (Sindipen) na tarde desta segunda-feira, 14, no Palácio de Veraneio. Durante a reunião, o governador assinou o Decreto das Comissões Paritárias que inclui, além dos agentes, as categorias do Magistério e da Polícia Civil, e que irão analisar os pleitos dos servidores e as possibilidades do governo. Com esta assinatura, o presidente do Sindipen acenou com a possibilidade do fim da greve.
O secretário de Estado da Casa Civil, José Sobral, que assessorou a reunião, explicou que os Decretos estabelecem comissões para fazer estudos da reestruturação das carreiras. “Tendo em vista que as propostas deles são de promoção, diminuição de valores entre os níveis, classes um, dois e três, tudo isso demanda um estudo mais complexo do reflexo ao longo dos anos e o governo não pode se pronunciar sem uma visão bastante aprofundada. Como determina também a alteração de artigos de lei de estruturação e suas consequências, precisa de uma avaliação profunda do próprio sindicato, pois vai alterar a lei de categorias”.
O presidente do Sindicato, Edilson Souza, confirmou que a reunião foi produtiva. “A minha avaliação, sinceramente, foi positiva. Nós iremos colocar o nosso pensamento para a categoria pedindo, inclusive, a suspensão da greve. É uma avaliação minha, que estou fazendo de antemão e espero que a categoria assim entenda, porque o governo acaba de assinar um decreto que inclui justamente os agentes nas negociações junto com os delegados e policiais civis. Se os policiais civis suspenderam a greve, por que os agentes também não suspendem? Nesse sentido, a gente pede a compreensão dos companheiros para que, nesse primeiro momento, a gente possa dar um passo para trás visando dar dois para a frente. É nesse sentido que a gente quer conversar com a categoria”, informou.
Desde o início da reunião o governador Jackson Barreto apresentou a ideia da comissão, deixando clara sua intenção em negociar com a categoria, que está em greve desde a última semana. Mas ressaltando também as responsabilidades do governo. “Sugiro um estudo, uma discussão de todos os pleitos para se chegar a uma decisão. É fundamental se fazer uma discussão”, disse o governador.
O presidente do Sindipen confirmou a participação de dois representantes na comissão, mas garante que as negociações serão levadas integralmente para a categoria. “As principais reivindicações no momento estão sendo discutidas, serão analisadas com esse decreto. Nós estamos colocando não só a isonomia como o plano de carreira que vai ser visto junto a essa mesa de negociação sob a estrutura de carreira, como também as questões pertinentes à lei 166 de 2009. A mudança sobre essa lei, que tanto aflige a categoria, é a diferença salarial que atinge até 50% de uma classe para a outra. Nesse sentido iremos conversar com os secretários da Casa Civil, da Fazenda, do Planejamento e do Governo”, pontuou.
Para o secretário da Casa Civil, o fim da greve é um ato necessário. “O governo tem sido muito solícito e aberto. Apesar desse estado de alerta que foi dado pelos agentes, o governador não se furtou a receber para que o estado tivesse toda a sua sinalização de diálogos, de discussões de transparência mantidos, continuamos com a mesma linha de dialogar, de entender as reivindicações dos servidores, mas também não podemos fugir das responsabilidade. Então, por isso, os agentes sendo a única categoria que se mantém nesse estado, seria interessante que eles pudessem contribuir e mostrar de forma clara que estão dispostos a negociar e agir como negociadores”, avaliou.
Também assessoraram o governador os secretários de Estado da Fazenda, Jeferson Passos, do Planejamento, João Gama e da Justiça, Walter Lima. E, como representantes do Sindicato, participaram o vice-presidente Marcelo Soares e os assessores jurídico e de comunicação, além de um sócio fiscalizador do sindicato, que não faz parte de sua diretoria.
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Agência Sergipe de Notícias