Na última semana, o Ministério da Educação (MEC) confirmou o reajuste de 7,97% no piso salarial dos professores da rede pública de ensino, que agora passa de R$ 1.451 para R$ 1.567, em 2013. Diante dessa situação, surge novamente um impasse entre a categoria e os gestores municipais e estaduais, que alegam sérias dificuldades em alinhar os reajustes às baixas receitas do Estado e dos municípios.
Se, por um lado, os professores exigem que o reajuste referente ao ano passado seja pago retroativamente, tanto o poder público estadual quanto o municipal não vêm conseguindo cumprir a determinação legal. Para o presidente da Federação dos Municípios do Estado de Sergipe (FAMES), Ivan Leite, a falta de dinheiro justifica a incapacidade de tantos municípios na hora de atender aos anseios dos trabalhadores.
O ex-prefeito de Estância propõe uma alternativa em caráter de urgência, diante do desgaste político e dos prejuízos causa dos pelas constantes e prolongadas greves aos próprios alunos. “Sugerimos que seja criado o Pagamento Direto ao Professor (PDP), que seria a federalização da remuneração dos professores. A ideia já foi apresentada nas duas últimas reuniões anuais da Confederação Nacional dos Municípios (CNM) e na reunião com prefeitos eleitos, realizada no final do ano passado”, explica Ivan Leite.
Ele frisa ainda que tal medida traria muitos benefícios, especialmente aos professores, que teriam a garantia do recebimento de seus salários. “O PDP também evitaria esse desgaste político que acontece. A medida só não interessaria ao braço político do SINTESE porque, anualmente, aqueles que têm pretensões políticas conseguem aparecer como defensores da categoria na luta pelos salários, sem se preocupar em avaliar a capacidade de pagamento real dos municípios e do Estado”, ressalta o presidente da FAMES.
Agência Empauta