Mesmo com altos lucros, grande parte dos empresários e o Sindicato dos Concessionários de Veículos se negam a atender as reivindicações dos empregados, melhorando as condições de trabalho. A categoria está, em sua maioria, há oito meses sem receber nem mesmo o reajuste salarial pelo INPC (perdas com a inflação), já que maio é o mês da data-base dos comerciários e o Sincodiv/SE não assinou o acordo de 2012/2013.
Mesmo com negociações mediadas pela Superintendência Regional do Trabalho e Emprego, SRTE, os patrões continuam insistindo em apresentar propostas que não atendem aos anseios dos seus empregados. “Não podemos aceitar esta intransigência de um setor que vem crescendo e obtendo resultados financeiros positivos, com crescimento nas vendas e no faturamento, mas mesmo assim não querem pagar um salário digno aos trabalhadores”, afirma o presidente da Fecomse, Ronildo Almeida.
Nessa Campanha Salarial, os trabalhadores de concessionárias de veículos lutam pelo reajuste salarial, pagamento das diferenças salariais de maio (mês da data-base dos comerciários) e ratificação de todas as cláusulas econômicas e sociais da Convenção Coletiva de Trabalho assinada em outubro do ano passado entre a Federação dos Empregados no Comércio e Serviços e os demais sindicatos patronais.
A intransigência que o Sincodiv/SE vem demonstrando nas negociações salariais se manifestou até mesmo em audiência de conciliação no Tribunal Regional do Trabalho, TRT, ocorrida no ano passado. Ao longo das rodadas de negociação, que se arrastam desde abril de 2012, a Fecomse e seus sindicatos filiados mostram disposição para o diálogo. “Não vamos esmorecer e esperamos que prevaleça bom senso por parte do sindicato patronal”, disse Ronildo.
O sindicalista lembra que o setor tem a simpatia e benevolência do governo federal na concessão de redução/isenção de impostos, que impulsionaram as vendas de veículos, por isso a Fecomse faz apelo ao governador Marcelo Déda para que o petista ajude no processo de negociação, evitando que os trabalhadores sejam prejudicados.
ASCOM FECOMSE