Em 16 de julho de 2020, a Secretaria de Estado da Saúde (SES) registrava um recorde no número de internações por Covid-19. Eram 764 pessoas ocupando um leito de hospital na primeira onda da pandemia. Na última quarta-feira, 23, o recorde foi quebrado quando a secretaria contabilizou 820 internados em UTI e enfermarias públicas e privadas. Os números preocupam os gestores que relacionam a alta transmissibilidade do vírus e a baixa adesão da população às medidas restritivas como causas do cenário crescente de casos, internações e óbitos.
O diretor de Vigilância em Saúde da SES, Marco Aurélio Góes, salientou que esta segunda onda, no mundo inteiro, tem características diferentes da primeira, quando alguns países e estados como Sergipe, conseguiram controlar a velocidade de transmissão com as medidas restritivas e, principalmente, com a adesão das pessoas, muito particularmente com o distanciamento social.
“Observamos que temos novas variantes circulando e isso tem derivado em uma transmissão mais intensa, em um cenário em que as pessoas seguem menos as medidas de distanciamento social e até tentam burlar as regras e os decretos, o que favorece a disseminação do vírus. As novas linhagens alcançam mais pessoas, fazendo mais pacientes graves que precisam de internamento, além de mais óbitos”, sinalizou o diretor.
Segundo Marco Aurélio, muitas pessoas não conseguem sequer ser internadas porque chegam às urgências em estado muito grave e morrem antes de serem estabilizadas. “A gente tem um cenário que é de alta transmissão, de ocupação hospitalar que só faz crescer nos últimos dias, tanto nas unidades particulares quanto públicas. Por isso, é fundamental que as medidas restritivas precisam ser adotadas por todos”, conclamou.
Orienta o diretor de Vigilância em Saúde que a população mantenha o distanciamento social e fique em casa, sempre que puder. Sugere que todos fiscalizem as medidas restritivas e que os gestores cobrem a adoção por parte da sociedade. Marco Aurélio destacou que a pandemia ocorre em ondas e que haverá um pico de transmissão e só após isso, os números de casos, internamentos e óbitos decrescerão.
“Nosso esforço, que também deve ser da sociedade, tem que ser para que o pico não seja tão alto. Do contrário, serão muitos óbitos, será a morte de pessoas que estão no nosso convívio”, alertou, observando que quando a curva de transmissão estiver decrescente torna-se importante que as medidas sejam mantidas de forma individual para que o estado não seja surpreendido com outra onda.
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Fonte: SES