Denise Gomes e Marina Fontenele, do G1 SE
Cerca de vinte integrantes do Movimento Popular Ecológico de Sergipe protestaram na manhã desta terça-feira (26), em frente às obras de contenção do Rio Sergipe na Avenida Beira Mar, Zona Sul de Aracaju (SE). Eles chegaram ao local às 5h da manhã para realizar a primeira manifestação pública em defesa do rio.
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Integrantes do Movimento Popular Ecológico de Sergipe são contra a maneira como a obra está sendo realizada (Foto: Marina Fontenele/G1)
Segundo o coordenador do movimento, Lizaudo Vieira, a obra seria ilegal e um desrespeito à sociedade. “Uma obra que não possui um estudo de impacto ambiental não pode ser considerada legal, nem mesmo estar em andamento, e é isso que está ocorrendo aqui. É um desrespeito à sociedade, que não foi consultada pelas autoridades. São seis milhões jogados no rio para satisfazer o ego do prefeito. Esse argumento de que é uma obra emergencial é falso. Serve apenas para enganar a população desavisada que não conhece a lei. O correto seria reforçar e aumentar o tamanho da mureta existente e não realizar o aterramento do rio, como está sendo feito, sem sequer ter um estudo para indicar as consequências disso”, disse.
O vereador Dr. Emerson esteve no local para apoiar a causa. Segundo ele, na Câmara de Vereadores, cada parlamentar tem sua posição sobre o tema, mas ele não acredita que a obra seja de fato emergencial. “Por que o prefeito não decreta estado de emergência se ele alega que há risco do trecho da pista desabar?”, indaga.
“O prefeito ainda não apresentou documentos que comprovem ou constatem o risco iminente de desabamento, pois se tivesse, ele poderia decretar emergência, segundo as leis ambientais. Outro ponto: a população precisa ser ouvida, pois as consequências dela ainda não são conhecidas pela falta de um relatório, que podem acarretar no futuro a necessidade de novas obras, o que implica em mais investimentos do dinheiro público”, destacou o vereador.
No meio da manhã, alguns representantes do movimento estiveram reunidos em audiência com o secretário do Meio Ambiente e presidente da Adema, Genival Nunes, para ver qual a proposta do órgão estadual para recuperar o trecho sem o aterramento o rio.
