O Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) finalizou mais uma capacitação. Dessa vez, quem estava na sala de aula foram os instrutores da instituição. Eles se reuniram durante cinco dias em um hotel da cidade de Itaporanga D’Ajuda (SE), recebendo treinamento metodológico.
A atividade reuniu instrutores das diversas áreas entre os dias 20 a 24 de agosto. Na oportunidade foram discutidos temas como mobilização e processo de supervisão, o Senar e seus objetivos, elaboração de plano de aula, formação profissional rural e promoção social. Vídeos foram exibidos e os alunos receberam material didático ‘Trabalho Decente – Educação postural no campo’, que aborda tanto a educação dos produtores e trabalhadores rurais quanto o conforto, a saúde e a segurança durante as atividades diárias no campo.
O presidente do Conselho Administrativo do Senar, Eduardo Sobral, aproveitou o encontro para levar a mensagem da instituição. Falou do plano de modernização e lembrou que assim como a agricultura havia mudado nos últimos anos, os instrutores também precisavam estar alinhados com a nova postura do Senar. “Se caminharmos juntos com o sistema, chegaremos mais longe”, incentivou.
O superintendente do Senar, Dênio Leite, ressaltou durante sua palestra a competitividade do setor agropecuário. “O mercado hoje além de pensar na sustentabilidade, está mais competitivo e nesse rumo, precisamos orientar os agricultores para que se modernizem, a fim de disputarem igualmente com seus concorrentes”.
A educadora física Priscila Gonçalves Santos, foi uma das palestrantes. Além da aula teórica, ela mostrou na prática, exercícios de alongamento. “A discussão é importante, porque é uma semente que plantamos na consciência das pessoas. À medida que elas se conscientizam e mudam, conseguem amenizar os problemas com a saúde”, destacou. Para Priscila, o Senar ofereceu aos instrutores a visão da prevenção e a oportunidade de criação de novos hábitos.
A instrutora do Senar que trabalha com alfabetização, Rosana Mangueira, aproveitou a oportunidade para aprender um pouco mais. “Agora vou planejar minhas aulas melhor. Como criar, como aplicar no dia a dia, como ajudar um aluno em dificuldade de forma metodológica. Com essa capacitação ganhou eu e os alunos”.
O instrutor de artesanato, Vone Batista, contou que já havia participado de outros cursos em instituições que trabalhou, mas o diferencial do curso do Senar foi o planejamento de forma organizada e focada. “O curso foi dinâmico e passado de uma forma prática. O que eu aprendi dá para aplicar perfeitamente no meu dia a dia”.
Alguns mobilizadores também puderam participar da capacitação. Quem não perdeu a oportunidade foi a presidente da Associação Comunitária Resplandecer de Moradores e Amigos, Tânia Santos, de 65 anos. “Se fazia necessário um encontro desses. Eu como mobilizadora aprendi mais, subi outro degrau no aprendizado da mobilização. Agora, sei que levarei mais pessoas para os cursos do Senar”.
Senar
O Senar Nacional completa 20 anos em 2013 e o Senar Sergipe chega à maior idade no próximo ano. Sem fins lucrativos, a instituição tem o objetivo de qualificar o homem do campo, promovendo cursos e treinamentos. “O Senar tem a missão de fazer o homem do campo viver de seu trabalho, sem precisar se deslocar para a cidade”, disse Dênio Leite. Os cursos acontecem nas áreas de atuação dos produtores e agricultores. “Nossas aulas acontecem no espaço que o homem do campo vive, onde ele tira seu sustento”.
O Senar está presente nas 27 capitais brasileiras, mais o Distrito Federal. A cada ano, 1 milhão de produtores e agricultores são beneficiados por ano. O Senar promove também ações de promoção social, inclusão digital, alfabetização de jovens e adultos.
Cândida Oliveira – Assessoria de Imprensa