Tendo como base relatórios anteriores das fiscalizações realizadas no Hospital Regional de Nossa Senhora do Socorro, na grande Aracaju, quando foram detectadas algumas irregularidades ligadas à assistência, o Conselho Regional de Enfermagem de Sergipe – Coren/SE vem atuando constantemente na questão da situação dessa unidade de Saúde. Em parceria com o Ministério Público de Sergipe e o Conselho Regional de Medicina de Sergipe, no último dia 08 de novembro, o Coren/SE fez mais uma fiscalização para averiguar a situação, detectando que não havia sido ajustadas as principais questões, em especial a da segurança, ou seja, não há policiamento suficiente para garantir a segurança dos profissionais e dos pacientes. Outro ponto citado foi o subdimensionamento de enfermeiros na urgência.
Siga o SE Notícias no Twitter e curta no Facebook
Foi dado um prazo de cinco dias, com notificação junto à Secretaria de Estado da Saúde, Fundação Hospitalar de Saúde, Superintendência da Unidade Hospitalar, a contar dessa última vistoria, para que a fosse ajustada a questão principal, que é a ausência de segurança, porém até o presente momento não houve alteração. Por este motivo o Conselho Regional de Enfermagem de Sergipe entrou hoje, dia 22 com uma Interdição Ética Parcial, ou seja, suspensão parcial do atendimento dos enfermeiros no setor de Urgência e Emergência, para que estas solicitações sejam ajustadas o quanto antes possível, a fim de garantir a assistência à população e aos trabalhadores da saúde. Somente os casos de riscos à vida que serão atendidos no setor de Pronto Socorro, a ser avaliado no momento da triagem de classificação de risco.
Mesmo com receios de insegurança, os profissionais da enfermagem entenderam que é necessária essa atuação do Coren/SE, para que o Estado possa garantir o cumprimento da implantação de uma segurança durante todo o funcionamento de assistência.
Para a presidente com Conselho de Enfermagem, Garbyella Garibalde Santana Resende, “essa interdição foi a última alternativa para não prejudicar a assistência aos usuários dos serviços, porém hoje, é necessária pela gravidade da situação de segurança”. O Conselho Regional de Medicina, através do vice presidente, Ricardo Scandian acompanhou o início da interdição e colocou que o Conselho de Medicina de Sergipe está em parceria com o Coren/SE, já que a falta de segurança afeta a todos os profissionais.
Como se dá a Interdição Ética Parcial:
Durante o acolhimento de classificação de risco, o profissional de enfermagem avalia se é um caso emergencial. Assim, ele vai ser atendido sendo positivo, ou em caso negativo, vai ser encaminhado a outra unidade de atendimento.
A interdição será suspendida assim que for atendida a solicitação sobre a segurança na unidade.
Informações do Coren SE