Instituição hospitalar determinante para a rede estadual de saúde, o Hospital de Cirurgia (HC), por meio da Equipe de Coluna do Serviço de Neurocirurgia, promoveu de 27 de março a 1º de abril um mutirão de procedimentos cirúrgicos de escoliose, que beneficiou pacientes que esperavam na fila do Sistema Único de Saúde – SUS.
Por meio de equipe formada pelos neurocirurgiões do Grupo de Coluna – Dr. Ricardo Motta, Dr. Ricardo Dantas, Dr. Eckstânio Rocha e Dr. Dimas Fernandes –, o HC realizou seis cirurgias de escoliose do tipo idiopática do adolescente, neuromuscular e congênita. Os procedimentos duram de quatro a oito horas e requerem alta infraestrutura e profissionais qualificados.
A escoliose é uma patologia na qual a coluna vertebral desenvolve curvatura anormal, que pode afetar o alinhamento do corpo, assim como ocasionar outros problemas físicos. Por se tratar de um procedimento complexo e de alto custo, a correção da deformidade era feita antes somente na rede privada.
Qualidade de vida
“O mutirão ocorreu devido à necessidade de acelerar o tratamento desses pacientes. São adolescentes e jovens, entre 13 e 25 anos, que estavam aguardando na fila do SUS. Alguns há mais de cinco anos. Fizemos essa ação para reduzir e tentar amenizar o impacto do tempo na vida dessas pessoas”, explica Dr. Ricardo Motta.
Dr. Ricardo Motta ressalta a importância do procedimento cirúrgico, que proporciona um impacto social na vida dos pacientes, dando qualidade de vida e elevando a autoestima.
“Com a cirurgia, fazemos uma correção das curvaturas na coluna. O tronco descompensado de quem tem escoliose causa um defeito estético e, com isso, traz alguns problemas, principalmente, de relacionamento social, como embotamento afetivo. Esses pacientes não usam roupas que mostram as costas, por exemplo, pois aparece a deformidade. Alguns chegam a ter depressão”, relata Dr. Ricardo.
O neurocirurgião ressalta ainda que, em alguns casos mais graves, com curvatura acima de 90%, 100%, a escoliose pode causar nos pacientes restrições, principalmente, pulmonares. “Cansaço e dificuldade de respirar são alguns dos problemas”, informa.
Regulados pela rede
Os pacientes que realizaram as cirurgias se encontravam regulados pela rede estadual de saúde e foram triados pela Equipe de Coluna do Serviço de Neurocirurgia do HC, através dos critérios: tempo de espera em fila cirúrgica e gravidade.
Ketlen Lorrane Santos, 25 anos, foi uma das pacientes beneficiadas com o mutirão. Com curvatura da coluna acima de 40%, ela aguardava desde 2018 na fila da rede estadual para fazer a cirurgia de escoliose.
“Eu agradeço de coração a toda equipe médica, ao Dr. Ricardo Motta, que são excelentes profissionais. Foi tudo tranquilo e bem comigo, graças a Deus. Todos os colaboradores do hospital ajudam muito”, destaca Ketlen.
Morador do município de Poço Redondo, no Alto Sertão Sergipano, Adryan Santana também se submeteu ao procedimento cirúrgico graças ao mutirão. “Iniciei meu tratamento de escoliose no HC em 2022 e, agora, em 2023, já consegui fazer a minha cirurgia”, relatou.
Jaciele Oliveira foi outra beneficiária do mutirão. Ela tomou conhecimento que tinha escoliose em 2015. “Após sentir fortes dores, descobri que estava com escoliose avançada, já um caso cirúrgico. Graças a Deus, no dia 30 de março, fiz a minha cirurgia. O procedimento foi um sucesso e estou bem realizada”, afirmou.
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Fonte: Assessoria de Comunicação do Hospital de Cirurgia