Em Lagarto, a 82 km de Aracaju, José de Jesus, 25, foi assassinado a tiros, crime que teria sido cometido pelo atual companheiro da ex-esposa da vítima. De acordo com os primeiros levantamentos da polícia, José de Jesus teria sequestrado a ex-companheiro no último sábado, 11, e a teria mantido em uma espécie de cativeiro numa área onde há um grande matagal no bairro Loiola 2, naquela cidade.
A mulher, que está gestante do atual companheiro, conseguiu fugir do cativeiro e retornou para a casa. Na noite da quinta-feira, 16, José de Jesus teria retornado ao bairro, onde a ex-companheira reside com o intuito de seqüestrá-la novamente. “Ele sempre chega de bicicleta, bate nela, sequestra ela e foge. Há uns 15 dias que a gente está procurando este rapaz [o homem assassinado]”, conta o sargento Edcláudio, da 1ª Companhia do 8º Batalhão de Polícia Militar.
Na quinta à noite, segundo o sargento, José de Jesus retornou ao bairro em atitude suspeita e acabou perseguido pelo companheiro da mulher que ele tentaria sequestrar. José de Jesus correu, entrou na residência de uma família no bairro Loiola 2, onde foi executado a tiros. “Na casa tinha muita gente: homens, mulheres, idosos, crianças”, disse o sargento. “Os tiros quase acertam uma criança”, observa. O corpo foi removido no local do crime pelo Instituto Médico Legal, onde deu entrada às 4h30 da madrugada desta sexta-feira, 17.
Sem atendimento
O sargento Edláudio garante que a vítima morreu sem assistência médica. A comunidade do bairro acionou o Sistema de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), mas nenhuma equipe compareceu ao local do crime para prestar atendimento à vítima.
Os próprios policiais que estiveram no local para preservar a cena do crime e realizar os primeiros procedimentos para identificar a autoria do crime também acionaram o Samu, sem êxito. “O médico do Samu queria colocar a responsabilidade nos policiais”, comentou o sargento. “Ele queria que a gente fizesse a remoção do paciente, mas não temos suporte para isso. Posso dizer que a vítima agonizou muito e morreu no local do crime sem nenhum atendimento”, observou.
Segundo revelou o sargento, depois de muita insistência, o atendente do Samu que recebeu a ligação telefônica revelou que a equipe estaria impossibilitada de realizar o atendimento por falta de ambulâncias na unidade.
por Portal Lagartense