“A hanseníase atinge 22 pessoas a cada 100 mil habitantes em Aracaju”. A informação foi enfatizada pela técnica do Programa Municipal de Controle da Hanseníase, Anaide Prado de Santana, durante apresentação dos resultados no Projeto de Ações Inovadoras em Hanseníase que em anos anteriores mobilizou 14 unidades de saúde da capital para a busca ativa e identificação de casos da doença.
O encontro foi um retorno do programa às Unidades de Saúde para que continuem realizando a detecção de novos casos. Participaram da atividade profissionais da Unidade de Saúde Walter Cardoso, situada no bairro Veneza. Nas próximas semanas mais 13 serviços de saúde do Município devem ser visitados.
“A população precisa saber que a hanseníase tem cura e tratamento oferecido pelo SUS em todas as Unidades de Saúde da Família. As equipes devem estar todos alerta para o trabalho de conscientização e de busca ativa. É uma meta do Ministério da Saúde e também para o Município reduzir o número de casos”, disse Anaíde Prado.
Durante a ação, foram distribuídos materiais informativos. São sintomas da doença a sensação de formigamento, fisgadas ou dormência nas extremidades; manchas brancas ou avermelhadas, geralmente com perda da sensibilidade ao calor, frio, dor e tato. Pessoas com doença podem apresentar áreas da pele aparentemente normais que têm alteração da sensibilidade e da secreção de suor; caroços e placas em qualquer local do corpo; diminuição da força muscular.
Anaide Prado de Santana reforça que caso a Hanseníase não seja tratada cedo, embora sendo curada, pode deixar sequelas como danos ao sistema nervoso e perda de habilidades motoras. “Quando acontecem essas perdas precisamos também orientar os pacientes que tem incapacidade de fazer algum exercício ou mesmo devemos encaminhá-los para fisioterapia”, explicou.
A assessora Thayane dos Reis Lima falou de alguns dos resultados atingidos pelo Projeto de Ações Inovadoras em Hanseníase. “Durante as atividades além de capacitações com os profissionais para fazerem a busca também aconteceram mutirões aos sábados para oferta de exames clínicos confirmatórios”, explicou.
Thayane dos Reis enfatizou que as equipes também precisam permanecer em alerta para incentivar que também passem por exames, as pessoas que nos últimos cinco anos tiveram um convívio com contato íntimo e prolongado com portadores da doença, a exemplo de familiares ou pessoas que moraram junto. “È preciso interromper o ciclo de transmissão da hanseníase”, disse, lembrando que desde 2014 o Projeto de Ações Inovadoras e Programa Municipal de Controle da Hanseniase conseguiu, por meio do trabalho realizado nas Unidades de Saúde, levar 713 pessoas expostas a fazerem os exames preventivos.
Fonte: AAN