Durante a sessão remota da Assembleia Legislativa nesta quarta-feira (17), o deputado estadual Francisco Gualberto (PT) voltou a defender a permanência de Sergipe no Consórcio Nordeste, entidade que reúne 9 governos estaduais da região. Gualberto faz essa defesa porque deputados de oposição ao governo Belivaldo Chagas, como Georgeo Passos e Gilmar Carvalho, insistem na saída de Sergipe do Consórcio.
“Não tenho dúvida quanto a importância do Consórcio. Diante das dificuldades que o país enfrenta é impossível um estado nordestino sozinho tratar de suas reivindicações. Sejam elas em relação à compra de equipamentos ou até reivindicações políticas e econômicas. Portanto, acho que os problemas devem ser enfrentados e o Consócio deve continuar existindo enquanto existir esse grau de dificuldade pandêmica e econômica no Brasil”, disse Gualberto.
Em relação ao problema que houve com a compra de respiradores pelo consórcio, para tratamento de pacientes com Covid-19 na região, e que não foram entregues aos estados, Francisco Gualberto disse que houve sabotagem por parte dos fornecedores. “Foi sabotagem. Não discuto a culpabilidade do governador Belivaldo Chagas, pois já está dito que ele não tem qualquer participação na compra. Como nenhum outro governador tem culpa também”, garante. “A empresa fez uma sabotagem, uma tramóia, e terceirizou a compra. E vi uma reportagem numa emissora de TV da Bahia detalhando como foi feita a malandragem dessa terceira empresa”, disse.
No mês passado o Consórcio Nordeste, que tem o governador da Bahia, Rui Costa, como presidente, realizou uma operação relacionada à aquisição de respiradores no valor de R$ 48,7 milhões. O problema é que mesmo pagando adiantado, os aparelhos não foram entregues. Recentemente a Justiça da Bahia determinou o bloqueio dos bens da empresa HempShare, que deixou de entregar respiradores aos estados nordestinos. Desde o início da pandemia do novo coronavírus, o Consórcio Nordeste vem tentando realizar compras unificadas de equipamentos para a região.
“O consórcio é constituído à base de legislações e tem essa capacidade legal para fazer as compras. Por isso peço que a gente não transforme aquele que foi em busca da solução, em culpado. Deixando de lado aquele que fez a sabotagem”, apela Francisco Gualberto. “Precisamos nos esforçar para ter esse dinheiro, que é do Consórcio, de volta e distribuído para os estados. Tirando daí as questões políticas. Esse é o nosso pensamento”, finaliza o deputado.
Por Gilson Sousa, da Assessoria de Imprensa