Dirigentes do Porto de Sergipe estiveram reunidos na segunda-feira, 15, com o secretário do Desenvolvimento Econômico e da Ciência e Tecnologia (Sedetec), Saumíneo Nascimento, a fim de discutir sobre as operações do terminal e como elas se enquadram dentro da política de atração de investimentos do Estado. O encontro foi motivado pelo interesse de um grupo internacional de transporte marítimo de contêineres em investir em Sergipe, transformando o Terminal Marítimo Inácio Barbosa (TMIB) em ponte de distribuição de mercadorias para Estados circunvizinhos e toda a região Nordeste.
Atendendo o convite do secretário Saumíneo Nascimento, o gerente do Porto, João Henrique, esteve na Sedetec, acompanhado do supervisor Itamar Mota, para expor sobre algumas demandas do local e solicitar apoio do Governo do Estado, a fim de atendê-las. Na oportunidade, João Henrique sinalizou para a necessidade de criação de um grupo de trabalho com membros da Vale, Petrobras e Governo de Sergipe, para discutir e elaborar uma estratégia de zoneamento industrial na área do entorno do Porto de Sergipe.
“Para isso, também precisamos tratar sobre a ampliação do Porto, a fim de nos adaptar à chegada desses novos empreendimentos”, disse João Henrique, ao destacar também a empresa Multigreen, que está fazendo a adaptação de um galpão para iniciar as atividades no local, de onde fará o transporte de 150 a 300 mil toneladas de soja não transgênicas e o fomento de outros segmentos produtivos.
O secretário Saumíneo Nascimento apontou as boas perspectivas de ampliação dos negócios no Porto de Sergipe para geração de emprego e renda para a população. “Dados do Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior – MDIC destacam no TMIB a movimentação de cargas a granel como coque de petróleo, cimentos não pulverizados (clinkers), adubos, sucos naturais, trigos, sulfato de amônio, entre outros”, informou o secretário, ressaltando ainda que a movimentação de carga do Terminal Marítimo sergipano é predominantemente voltada para importação.
TMIB
Também conhecido como Porto de Sergipe, o Terminal Marítimo Inácio Barbosa (TMIB) está localizado no litoral do município Barra dos Coqueiros. Seu acesso está interligado com a malha rodoviária federal através da rodovia estadual SE-226 que dá acesso a BR-101 nas proximidades da cidade de Maruim. Já a ligação com a capital se dá pelas rodovias SE-226/BR-101 (54 km) e SE-100 (23 km). Esta última é feita através da ponte Construtor João Alves, de 1,8 km de extensão, que liga o município da Barra dos Coqueiros ao Centro de Aracaju.
O TMIB caracteriza-se como porto de uso misto e de carga geral. Especializado na movimentação de granéis, tanto sólidos quanto líquidos, possui a capacidade de atracação de navios até 30 mil TPB (Tonelagem de Porte Bruto). Ainda neste contexto, por se tratar de um terminal portuário offshore, com o cais de acostagem localizado a 2,4 km da costa e protegido por um quebra-mar de 550 m, o porto está equipado com uma ponte de acesso, com pista de rolamento de 6,6 m de largura, classe 36 t, que permite tráfego de cargas nos dois sentidos.
O Terminal dispõe de um sistema mecanizado de transporte de granéis sólidos, que inclui uma correia transportadora contínua de trinta e oito polegadas de largura acoplada a um ship-loader com capacidade de 1,2 mil m³/h e de um guindaste do tipo canguru com capacidade de 12,5 t. Este guindaste possui moega acoplada com capacidade nominal de 250 t/h e um sistema de grab e gato montado sobre trilhos para operar com pranchas de embarque e desembarque de navios de cinco toneladas por dia, com a possibilidade de atracação de até dois navios simultaneamente.
No que diz respeito à bacia de evolução e aos berços de atracação, o porto possui profundidade de 9,7 m, sendo o calado de 8,3 m com a possibilidade de expansão até 10,2 m, de acordo com a altura da maré no momento da atracação. O canal de acesso, por sua vez, tem profundidade de 9,5 m e, assim como a bacia de evolução e os berços de atracação, tem o calado de 8,3 m com a capacidade de expansão até 10,2 m também a depender da altura da maré no momento da atracação dos navios.
Fonte: Ascom Sedetec