O grupo liderado pelo empresário Edvan Amorim (PTB), que reúne 10 deputados estaduais de vários partidos, decidiu que não acompanha mais o Governo Marcelo Déda e se colocará na oposição. A reunião foi realizada na tarde desta quarta-feira (29), em uma das salas da Rede Ilha, e durou aproximadamente seis horas.
A partir desta quinta-feira, a liderança do grupo estará sob a responsabilidade da presidente da Assembléia, deputada Angélica Guimarães (PSC), que vai definir a posição dos deputados em relação aos projetos que serão enviados pelo Governo para o legislativo.
O empresário Edvan Amorim (PTB) disse que o bloco fará oposição sem “revanchismo e sem rancor”. O que considerar bom para Sergipe não haverá problema quanto a aprovação, mas os que tiverem um viés político serão postos em discussão.
Edvan Amorim informou que todos os partidos que formam o grupo já protocolaram pedidos junto ao Governo do Estado, diretamente no Palácio dos Despachos, para que todos os servidores indicados por lideranças do bloco sejam exonerados, seja qual for o cargo que exerçam.
Conversa – O empresário Edvan Amorim disse que foi escolhido pelo grupo para que tivesse uma conversa com o senador Antônio Carlos Valadares (PSB). Depois passaria todo o teor aos deputados que integram o bloco.
Amorim disse que no momento não bate o clima de apoio em relação ao nome do secretário da Educação Belivaldo Chagas para conselheiro do Tribunal de Contas, mas que ele defende o entendimento e que se mantenha o secretário como candidato do grupo.
A reunião demorou, segundo Edvan Amorim, porque a maioria dos deputados contou sua história com o governador Marcelo Déda (PT), através de telefonemas, sobre a antecipação da mesa. Todos consideraram que as conversas foram ásperas e tinham o “tom de ordem e exigência”.
A deputada Angélica Guimarães disse que exauriu todas as tentativas de manter na chapa os colegas Luiz Garibaldi (PMDB) e Conceição Vieira (PT), mas os dois não aceitaram. A presidente quando sentiu que seus apelos ao tinham retorno, partiu para a antecipação das eleições.
Edvan Amorim disse, ainda, que os deputados que receberam telefonemas se sentiram feridos e estão irredutíveis a uma possibilidade de novo entendimento. Todos levaram em consideração a reação imediata do Governo em demitir servidores ligados a eles. O único parlamentar que apelou para a pacificação foi Adelson Barreto (PSB).
Matéria postada orinalmente no Fax Aju.