Ascom, SEEB/SE
No nono dia da greve nacional, nos 26 estados e no Distrito Federal, estão paralisadas 11.437 agências. Em Sergipe, nesta quarta-feira, 14, o número de adesões à greve é de 139 agências, do setor público e privado. “A greve foi deflagrada no início deste mês, dia 6, e até agora, a Fenaban não fez contato com o Comando Nacional dos Bancários. Mas os bancários não se intimidam. A adesão é crescente em todo o País. No primeiro dia foram 6.251 agências paralisadas. Já no segundo dia, a greve pulou de para atingiu 8.763. No dia seguinte, pulou para 10.369. Depois saltou 10.818. Na última terça, 13, já são 11.437 paralisadas”, conta a presidenta do SEEB/SE, Ivânia Pereira.
Para a sindicalista, a greve é uma resposta à ausência de uma proposta “decente”. A categoria reivindica um reajuste salarial de 16%. (incluindo reposição da inflação mais 5,7% de aumento real). Os banqueiros apresentaram um reajuste de apenas 5,5%.
“A Fenaban está querendo mudar a fórmula do reajuste, praticada ao longo dos últimos anos. Sempre conquistamos a reposição integral da inflação mais ganho real, o que evitou arrocho salarial”, afirma Ivânia Pereira.
De acordo com a bancária, a categoria terá de manter a mobilização e crescer ainda mais a greve para obter um reajuste mais compatível com a reivindicação. “Vamos nos fortalecer e continuar pedindo o apoio da sociedade, para que os banqueiros apresentem uma proposta que respeite essa categoria. São os funcionários que cotidianamente com o trabalho obtêm os excelentes resultados financeiros dos bancos”, afirma a presidenta.
Confira as reivindicações dos bancários:
Reajuste salarial de 16%. (incluindo reposição da inflação mais 5,7% de aumento real)
PLR: 3 salários mais R$7.246,82
Piso: R$3.299,66 (equivalente ao salário mínimo do Dieese em valores de junho último). Vales alimentação, refeição, 13ª cesta e auxílio-creche/babá: R$788,00 ao mês para cada (salário mínimo nacional).
Melhores condições de trabalho com o fim das metas abusivas e do assédio moral que adoecem os bancários.
Emprego: fim das demissões, mais contratações, fim da rotatividade e combate às terceirizações diante dos riscos de aprovação do PLC 30/15 no Senado Federal, além da ratificação da Convenção 158 da OIT, que coíbe dispensas imotivadas.
Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) para todos os bancários.
Auxílio-educação: pagamento para graduação e pós.
Prevenção contra assaltos e sequestros: permanência de dois vigilantes por andar nas agências e pontos de serviços bancários, conforme legislação. Instalação de portas giratórias com detector de metais na entrada das áreas de autoatendimento e biombos nos caixas. Abertura e fechamento remoto das agências, fim da guarda das chaves por funcionários.
Igualdade de oportunidades: fim às discriminações nos salários e na ascensão profissional de mulheres, negros, gays, lésbicas, transexuais e pessoas com deficiência (PCDs).
Proposta dos bancos rejeitada pelos bancários:
Reajuste de 5,5% (representa perda de 4% para os bancários em relação à inflação de 9,88%).
Piso portaria após 90 dias – R$ 1.321,26.
Piso escritório após 90 dias – R$ 1.895,25.
Piso caixa/tesouraria após 90 dias – R$ 2.560,23 (salário mais gratificação, mais outras verbas de caixa).
PLR regra básica – 90% do salário mais R$ 1.939,08, limitado a R$ 10.402,22. Se o total ficar abaixo de 5% do lucro líquido, salta para 2,2 salários, com teto de R$ 22.884,87.
PLR parcela adicional – 2,2% do lucro líquido dividido linearmente para todos, limitado a R$ 3.878,16.
Antecipação da PLR
Primeira parcela depositada até dez dias após assinatura da Convenção Coletiva. Pagamento final até 01/03/2016.
Regra básica – 54% do salário mais fixo de R$ 1.163,44, limitado a R$ 6.241,33 e ao teto de 12,8% do lucro líquido – o que ocorrer primeiro.
Parcela adicional – 2,2% do lucro líquido do primeiro semestre de 2015, limitado a R$ 1.939,08.
Auxílio-refeição – R$ 27,43.
Auxílio-cesta alimentação e 13ª cesta – R$ 454,87.
Auxílio-creche/babá (filhos até 71 meses) – R$ 378,56.
Auxílio-creche/babá (filhos até 83 meses) – R$ 323,84.
Gratificação de compensador de cheques – R$ 147,11.
Requalificação profissional – R$ 1.294,49.
Auxílio-funeral – R$ 868,58.
Indenização por morte ou incapacidade decorrente de assalto – R$ 129.522,56
Ajuda deslocamento noturno – R$ 90,67.