As equipes dos ministérios da Fazenda e do Planejamento já chegaram à conclusão de que arrecadação adicional com o aumento do Pis/Cofins e outras receitas extraordinárias deve superar R$10 bilhões. ( A informação é do jornalista especializado em economia, João Borges, da Globo News).
Os cálculos ainda estão sendo feitos para se chegar ao número final necessário para cumprir a meta fiscal deste ano, que prevê déficit de R$139 bilhões.
A área política do governo chegou a sugerir que a meta fiscal fosse revista, com ampliação do déficit nas contas públicas, mas essa alternativa foi rejeitada pela equipe econômica, pois levaria à perda de credibilidade da estratégia do ministro Henrique Meirelles de fazer um ajuste gradual das contas públicas, sem retrocessos.
Entre as possibilidades de aumento de impostos, o governo avaliou o aumento da Cide, uma contribuição sobre o combustível. O PIS e Cofins são impostos cobrados sobre a folha de pagamento, sobre o faturamento das empresas e sobre a importação de bens e serviços.
Crise fiscal
O governo está com dificuldade de fechar as contas públicas. O mercado financeiro já prevê um rombo de R$ 145 bilhões neste ano, acima da meta fiscal fixada para 2017, de um déficit de R$ 139 bilhões.
A arrecadação do governo com impostos e tributos neste ano tem ficado abaixo da esperada devido à demorada na retomada do crescimento econômico. Nos primeiros seis meses deste ano, a arrecadação teve um aumento real de apenas 0,77%. O resultado, porém, só foi positivo devido ao aumento das receitas com royalties do petróleo.
O governo anunciou um corte de R$ 42 bilhões no orçamento para tentar ajustar as contas públicas. O enxugamento, no entanto, afetou serviços públicos, como a emissão de passaportes.
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