O governo de Sergipe, por meio da secretaria de Estado da Educação (Seed), ampliou a oferta de unidades escolares de Ensino Médio que aderiram ao modelo integral – Programa Escola Educa Mais. Em 2017, 17 unidades escolares adotaram o modelo e, para o ano de 2018, a quantidade de instituições da rede estadual com Ensino Médio em Tempo Integral passará a 24.
As sete novas unidades escolares a aderirem ao modelo já passaram pela apreciação do Ministério da Educação e Cultura (MEC), dessas serão três em Aracaju: Colégio Estadual Djenal Tavares de Queiroz; Colégio Estadual Nelson Mandela e o Colégio Estadual Francisco Rosa. Mais quatro no interior: em Capela, o Colégio Estadual Edezio Vieira de Melo; em Simão Dias; o Colégio Estadual Milton Dortas, e em Lagarto; o Colégio Estadual Aberlado Romero Dantas.
O secretário de Educação, Jorge Carvalho, ressalta que a adesão ao modelo do ensino médio em tempo integral pode ser considerada um marco histórico na educação sergipana. De acordo com ele, o Estado já discutia esta pauta há alguns anos. “Finalmente em 2017 nós tivemos, por uma decisão do governador Jackson Barreto, um maior número de escolas de tempo integral funcionando”, afirma o secretário.
Ainda segundo Jorge Carvalho, as determinações da meta 6 das legislações estadual e federal, que correspondem ao Plano Nacional de Educação (PNE), representada pelo Plano Estadual de Educação (PEE) preveem que, até o ano de 2024, pelo menos 50% das matrículas do ensino médio no País sejam no modelo integral.
“Sergipe pretende cumprir esta meta até 2020. Além disso, é notório que o aumento do número de unidades escolares aderidas ao modelo refletirá em um grande avanço na qualidade do ensino do Estado”, enfatiza ao relembrar que as primeiras escolas implantadas em Sergipe, com este modelo, foram em Aracaju: Centro de Excelência Atheneu Sergipense, Centro de Excelência Maria Ivanda Carvalho do Nascimento, Centro de Excelência Vitória de Santa Maria e o Centro de Excelência Manoel Messias Feitosa em Nossa Senhora da Glória e que neste ano mais 13 escolas adotaram o modelo.
Mais escolas
Outras 17 instituições espalhadas na capital sergipana e demais municípios demonstraram interesse na implantação do modelo e estão sob avaliação do MEC. Dentre elas, a comunidade escolar do Colégio Estadual João Costa e o Colégio Estadual Paulo Freire, ambas em Aracaju; e em Boquim, o Colégio Estadual Soares Fonseca; também expressaram o interesse pelo novo modelo de ensino.
A assessora do Núcleo Gestor de Escolas em Tempo Integral (NGETI), Paula Mota Carneiro, explica que, caso aconteça a aprovação do MEC, todas as Diretorias Regionais de Educação (DREs) contarão com unidades escolares dentro do novo modelo. Conforme a assessora, a Seed realiza visitas nas escolas para mostrar o programa, esclarecer as dúvidas e estabelecer um diálogo com toda a equipe diretiva, pais, alunos e docentes. “É importante elucidar que só há implantação do Ensino Médio em Tempo Integral nas instituições que expressam o interesse. A Secretaria não impõe a adesão, por isso que há todo um trabalho para promover discussão e apresentação do modelo”, elucida ao comentar que a partir dos resultados expressivos das 17 escolas houve o aumento do número de instituições que procuram o Núcleo para obter informações acerca da adesão.
“Após a equipe do NGETI visitar as escolas para apresentar o programa, os Conselhos se reúnem para discutir se irão ou não adotar o modelo. Logo em seguida, é feita uma indicação junto ao MEC para análise. Por último, sendo deferido, por parte do Ministério, ocorre a inclusão ao Programa”, diz Paula Mota Carneiro ao falar que um outro ponto importante é que em Sergipe, no ano de 2017, houve um salto quantitativo, passando de quatro para 17 unidades de ensino, situando-se 8 em Aracaju e 9 no interior. Por consequência, um maior número de jovens teve acesso ao ensino médio em tempo integral.
Modelo de sucesso
Para a coordenadora pedagógica do Núcleo Gestor de Escolas em Tempo Integral, Sarah Karenine, a adesão ao Programa é uma oportunidade para a escola vivenciar um modelo de sucesso, que já conta com bons resultados em Sergipe e no País.
“Este novo modelo favorece o protagonismo juvenil e também desenvolve as habilidades e competências socioemocionais dos estudantes preparando-os para a vida. Este Programa deixou Pernambuco em primeiro lugar na avaliação do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) e, em Sergipe, as unidades escolares que aderiram já demonstram um diferencial. A escola forma um jovem autônomo, solidário e competente”, afirma Sarah Karenine.
A coordenadora salienta que as unidades escolares que aderirem ao Ensino Médio em Tempo Integral receberão investimentos destinados à infraestrutura. Em vista disso, estas instituições contarão com repasses de recursos do Governo Federal que serão aplicados na melhoria das instalações físicas, como construção de quadras poliesportivas e refeitórios, nos estabelecimentos que ainda não oferecem esses espaços. “Não se trata apenas de ampliar o tempo dos discentes nas escolas, mas sim sobre a qualidade desta permanência. O Governo de Sergipe, por meio das ações da Seed, oferece as condições para que os professores e equipe diretiva prestem o acompanhamento necessário aos estudantes. Além do mais, existe a valorização dos professores, todos os profissionais passaram por formação e capacitação ”, declara.
O secretário destaca que a Seed se preocupa em oferecer aos sergipanos acesso democrático à educação pública de qualidade. “Para isso, busca agir e implantar iniciativas que possam refletir na melhoria do cenário educacional no estado. Neste contexto, os indicadores já demonstram que o Ensino Médio em Tempo Integral apresenta ganhos superiores ao Ensino Regular” finaliza.
Confira aqui a relação das escolas que já passaram pela apreciação do MEC e que em 2018 irão oferecer o modelo de ensino médio em tempo integral.
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Por ASN