A abundante quantidade de chuvas entre os meses de maio e setembro de 2017 teve influência positiva na safra de cereais, leguminosas e oleaginosas no Nordeste. Em Sergipe, a produção de milho obteve o número mais expressivo de toda a sua história, em grande parte proporcionado pela atuação do governo do Estado, através da Secretaria de Estado da Agricultura e Desenvolvimento Rural (Seagri).
De acordo com o assessor técnico do governo, professor Ricardo Lacerda, os altos índices da produção agrícola representam um incremento na renda dos produtores agrícolas do interior de Sergipe. “A produção tinha sofrido muito no ano anterior, principalmente no Semiárido. O aumento da safra vai causar um efeito muito positivo na renda familiar que estava bastante deprimida em função da seca”, explicou.
Ricardo salienta que ao aumento da renda ocorre também em escala estadual. “Para se ter uma ideia, a estimativa é de que a volta da safra tenha impacto médio de 3% a mais no Produto Interno Bruto nos estados do Nordeste. Em Sergipe, esse impacto deve ser ainda maior, já que o crescimento de Sergipe foi maior do que em todos os outros estados”, esclareceu.
No Nordeste, o crescimento da safra em relação ao ano passado foi de 104,8%. Em Sergipe, o aumento chegou a 462,6%. Em toneladas, essa ampliação foi de 140,9 mil no ano passado para 793 mil neste ano. “Em geral, o patamar era na faixa de 700 mil toneladas. Houve uma queda muito grande no ano passado. Neste ano, então, o número não só foi retomado como melhorou”, salientou.
De acordo com o secretário de Agricultura, Esmeraldo Leal, a presença do governo do Estado foi de fundamental importância para os produtores. “A distribuição de sementes foi feita em sua quantidade regular. A novidade é que, neste ano, a agricultura familiar acabou precisando mais das sementes do que nos anos anteriores, em função da seca e da dificuldade de armazenamento com relação ao ano passado. Da mesma forma, ocorreu com o nosso programa de mecanização. A agricultura familiar acabou se valendo mais dele neste do que nos últimos anos”, informou, acrescentando que, ano passado, foram distribuídas 200 mil toneladas de sementes de milho para 20 mil famílias em 21 municípios sergipanos e 17.450 horas de trator para 15.937 beneficiários em 13 municípios.
O secretário enfatiza ainda a atuação de órgãos como a Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro) e a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). “A Emdagro tem acompanhamento em todos os municípios do estado. A sua orientação, assim como da Embrapa, é determinante para que haja um suporte técnico suficiente para que se continue produzindo não somente em termos de quantidade de área plantada, mas para aumentar a produtividade, que é a quantidade de grãos produzidos dentro de um mesmo espaço geográfico”, disse.
A orientação técnica, segundo Esmeraldo, atuou ainda no sentido de aumentar a produção de material forrageiro. “Houve muita orientação também com relação à silagem. A seca do ano passado afetou muito com relação à distribuição do material forrageiro, principalmente o Semiárido. Ficou claro que além de produzir muitos grãos, Sergipe precisava também preparar sua reserva para o rebanho animal”, pontuou.
Para além da produção de safras secas, Sergipe tem alcançado bons resultados com relação às culturas irrigadas. Nesse sentido, os investimentos na tecnização e na melhoria da infraestrutura dos perímetros irrigados vem garantindo amparo aos produtores, sobretudo em se tratando da agricultura familiar.
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Por ASN