O Governo do Estado desistiu de reativar a Maternidade Hildete Falcão, que há vários anos deixou de funcionar na capital sergipana. No mês de maio de 2017, o governo prometeu reativá-la no mês de setembro daquele ano com a oferta de 62 leitos. Mais recentemente, o próprio secretário de estado da saúde, Valberto Oliveira, garantiu que as obras estavam em andamento e que havia projeção para a maternidade voltar a funcionar ainda neste ano.
Havia, inclusive, entendimentos para efetivar uma parceria com a Universidade Federal de Sergipe (UFS) para a reabertura da maternidade, mas agora os planos foram completamente modificados. Não há mais tratativas com a UFS, mas com uma universidade privada e o prédio será utilizado para outras finalidades, segundo informou a assessoria de imprensa da Secretaria de Estado da Saúde (SES).
Há dois meses, o secretário de estado da saúde, Valberto Oliveira, prometeu aos deputados estaduais a reinauguração daquela maternidade. Essa promessa foi feita no dia 2 de outubro deste ano, durante visita que o secretário fez à Assembleia Legislativa. E, agora, o projeto original já está descartado. Segundo a assessoria, alguns detalhes do projeto será mantido a exemplo do banco de leito e há tratativas com uma universidade privada para reutilização do espaço com uma outra finalidade. A SES aguarda a apresentação da proposta da universidade privada.
A assessoria de imprensa explicou que as tratativas com a universidade pública não prosperaram porque a UFS priorizou um outro projeto, destinado a atender pessoas com deficiência. Esse outro projeto com aquela instituição de ensino está em fase bem avançada, segundo a assessoria de imprensa da SES. O Portal Infonet procurou, mas a UFS não se manifestou sobre essa questão específica.Outros leitos
Segundo a assessoria de imprensa, o Governo foi motivado para modificar o projeto original da Maternidade Hildete Falcão pelo novo cenário que surgirá com a inauguração das novas duas maternidades previstas para funcionar em Aracaju: a Maternidade do bairro Santa Maria, que está sendo erguida pela Prefeitura de Aracaju, com data indefinida para inauguração, e a Unidade Materno-Infantil da Universidade Federal de Sergipe, prevista para ser inaugurada em meados do próximo ano.
Conforme informações da assessoria de imprensa da Secretaria de Estado da Saúde, o número de leitos que a capital sergipana oferecerá no futuro, com a inauguração desses dois empreendimentos, será suficiente para atender a demanda e as exigências do Ministério da Saúde.
A assessoria da SES explica que o Ministério da Saúde preconiza a oferta de 229 leitos desse porte para Aracaju. Atualmente, conforme a SES, a capital sergipana dispõe apenas de 168 leitos, entre os quais 89 disponibilizados em convênio com a Associação Aracajuana de Beneficência Hospital e Maternidade Santa Isabel [entidade filantrópica] e outros 79 existentes na Maternidade pública Nossa Senhora de Lourdes.
Mas há expectativa de superar até mesmo a meta do Ministério da Saúde, segundo a assessoria de imprensa da SES, contando com a disponibilidade de futuros leitos. Segundo cálculos da SES, cinco novos leitos serão ofertados com a ampliação da Maternidade Nossa Senhora de Lourdes, 50 que surgirão com a inauguração da Maternidade no bairro Santa Maria, que será mantida pela Prefeitura de Aracaju, com previsão de ser inaugurada no mês de setembro do próximo ano, e outros 118 da Unidade Materno-Infantil da Universidade Federal de Sergipe (UFS), que funcionará em anexo ao Hospital Universitário (HU), no bairro Santo Antonio, na capital sergipana. Essa unidade da UFS está orçada em quase R$ 19,3 milhões e deverá entrar em funcionamento em junho do próximo ano, segundo previsões do diretor da Divisão de Projetos e Orçamentos (Dipro) da UFS, Jorge Antonio Vieira Gonçalves.
por Cassia Santana
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