A perspectiva de consolidar um dos maiores investimentos na atividade petrolífera no mundo nos próximos 10 anos, envolvendo um montante superior a US$ 400 bilhões. Este é o panorama no qual se inserem as novas descobertas (ainda em fase de análise) e os blocos terrestres localizados em Sergipe que serão oferecidos na 12ª rodada de licitações, prevista para o próximo mês de novembro. As análises apontam para um incremento na produção elevando dos atuais 40 mil barris/dia (sendo 10 mil barris no mar e 40 mil barris em terra) para 140 mil barris/dia a partir da exploração dos novos poços em mar. As perspectivas foram apresentadas pela diretora Geral da Agência Nacional de Petróleo, Magda Chambriard, ao lado do governador em exercício, Jackson Barreto, no Palácio de Veraneio.
A diretora também explicou detalhes sobre a 12ª rodada de licitações que envolve blocos terrestres situados em Sergipe. Os referidos blocos estão nos municípios de Brejo Grande, Divina Pastora, Ilha das Flores, Japaratuba, Japoatã, Laranjeiras, Maruim, Neópolis, Nossa Senhora do Socorro, Pacatuba, Pirambu, Riachuelo, Santo Amaro das Brotas e São Cristóvão, totalizando 938, 22 km².
Perspectivas Positivas
“Agradecemos pela visita da diretora da ANP, Magda Chambriard, cuja visita tem um significado especial para todos os homens públicos que tem compromisso e trabalham diuturnamente pelo desenvolvimento econômico e social em Sergipe”, comemorou o governador em exercício, Jackson Barreto. Segundo ele, as perspectivas apresentadas a partir das novas descobertas oferecem a expectativa por um futuro promissor para os sergipanos, no que se refere à exploração mineral.
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“Na nova lei sobre royalties, aprovada recentemente pelo Congresso nacional e sancionada pela presidenta Dilma Rousseff, garante 75% dos royalties para a educação e 25% para a saúde. Se levarmos em conta que Sergipe produz hoje 40 mil barris/dia, e passarmos para uma produção de 140 mil barris diários, isso vai significar o alavancamento da economia do estado, apressando o desenvolvimento e garantindo o futuro de Sergipe”, contextualizou o governador.
Jackson Barreto elencou a atração de novos empreendimentos e geração de oportunidades que, certamente, refletirão na demanda por novos empregos e a consequente geração de renda. “Já temos a perspectiva que aponta a possibilidade de instalação de uma usina termelétrica a gás e uma refinaria, já em estudos e projeto. Isso está sendo programado em função das novas descobertas de petróleo e gás, ampliando as possibilidades do estado e se transformando numa verdadeira província petrolífera”, destacou Jackson Barreto.
Estudos
Magda Chambriard destacou que estão submetidos à ANP oito Planos de Avaliação de Descobertas em Sergipe, destes, quatro já foram aprovados pela diretoria do órgão. “Três outras descobertas já passaram também pela área técnica e um está sendo alvo de avaliação. Todos esses com boas perspectivas e com data final de conclusão entre 2016 e 2018. O mar de Sergipe está chegando”, vaticinou a diretora.
Panorama da Exploração e Prospecção
A produção de petróleo em Sergipe apresentou um ganho expressivo em 2007 com a exploração do campo de Piranema e com o reaproveitamento dos campos maduros. Desde lá, todavia, não tem havido novos incrementos de produção.
No último dia 25 de setembro, a ANP aprovou o PAD – Plano de Avaliação da Descoberta do campo de Papangu, o primeiro dos PAD submetidos pela Petrobras para águas ultraprofundas.
No último dia 26 de setembro, a Petrobras informou que novos testes confirmaram a descoberta de óleo leve no poço conhecido como Muriú 1, em águas ultraprofundas na Bacia de Sergipe, a 83 quilômetros de Aracaju.
No último dia 17 de outubro, a Petrobras informou a conclusão de teste de formação do poço Farfan 1, na área de concessão BM-SEAL-11, que “avaliou 30 metros de formação de arenitos turbidíticos e confirmou as boas condições do reservatório apresentando excelente produtividade de óleo de boa qualidade (38º API).”
A Petrobras e a IBV Brasil, joint venture formada pelas indianas Bharat Petroleum e Videocon Industries, avaliaram que o bloco marítimo de exploração SEAL-11 contém grandes quantidades de gás natural e petróleo leve de alta qualidade. A Petrobras detém 60% do SEAL-11, enquanto a IBV possui 40%.
A Presidente da Petrobras, Graça Foster, afirmou que os depósitos de petróleo encontrados pela estatal em Sergipe são “uma bela descoberta”. Sem falar de prognósticos e números das recentes descobertas, Graça afirmou que a Petrobras é cautelosa com essas expectativas, mas que elas são “relevantes”.
Segundo a Presidente da Petrobras, é uma nova província petrolífera na Bacia Sergipe-Alagoas, que, em 2008, foi alvo de uma análise mais profunda. As descobertas são relevantes, estimando o primeiro óleo para 2018, com 100 mil barris ao dia, inicialmente.
A exploração em Sergipe, iniciada em 2008, apresentou 16 poços perfurados na área, sendo 13 portadores de hidrocarbonetos. Atualmente, as descobertas se encontram em fase de delimitação.
Os destaques são as acumulações de Moita Bonita, Barra, Farfan e Muriú, nas áreas de concessão BM-SEAL-10 e BM-SEAL-11.
Participação
Prestigiaram a solenidade os secretários de Estado do Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia, Saumíneo Nascimento; da Casa Civil, Silvio Santos; o subsecretário de Desenvolvimento Energético, José de Oliveira Júnior, e o direotr presidente da empresa Sergipana de Gás (Sergás), Akira Ota, dentre outras autoridades, membros da administração estadual, secretários de Estado, representantes da Petrobras e técnicos de áreas afins.